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Substituição de gestora não é garantia
Data de Publicação: 20 de março de 2021 16:13:00 A troca da instituição responsável pelo gerenciamento do Hospital Municipal de Salto está sendo feita em caráter emergencial.
Licitação para contrato emergencial escolheu novo gerenciamento que ficará até que a instituição definitiva seja encontrada. Outra licitação está em curso com esse objetivo. Por ora, a troca é apenas para manter em funcionamento um serviço essencial.
Desde a escolha da Sociedade Beneficente Caminho de Damasco, da cidade Garça, como substituta do Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento da Administração Hospitalar na gestão do Hospital Municipal Nossa Senhora do Monte Serrat, em Salto, várias pessoas comemoraram como se todos os problemas estivessem resolvidos com a mudança pura e simples.
Não estão e nem poderiam estar, afinal não é a gestora sozinha a responsável pelas dificuldades enfrentadas no atendimento ao cidadão no hospital. Há um conjunto de fatores a serem avaliados, sobretudo o fato crucial de se viver agora uma pandemia, com agravamento forte nas últimas semanas. Nenhuma cidade está fazendo o atendimento ideal porque a demanda é absurda.
Mas isto não significa uma defesa do Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento da Administração Hospitalar. Até agora nem Câmara nem Prefeitura e nem Ministério Público trouxeram os resultados das apurações que realizam a respeito das denúncias feitas por enfermeiras do Instituto. Só depois disto é que se poderá defender ou não aquela instituição e até cobrar ressarcimentos.
O fato é que a troca de gestora funciona mais como uma demonstração de que não se está desatento com a questão. Infelizmente, os cidadãos que enfrentam problemas continuarão enfrentando-os, ao menos até que uma gestora definitiva seja efetivada. A nova instituição que está sendo contratada vai atuar por contrato emergencial com duração até a próxima licitação só.
Contratos emergenciais, além de mais caros que as licitações normais, não permitem que exista um planejamento de ações de longo prazo e tampouco que se resolvam problemas estruturais. Na verdade, esse tipo de contrato serve para fazer a transição de algo que não funcionava a contento para algo que venha a atender as expectativas. Ou seja, funciona para manter em funcionamento.
Talvez fosse melhor esperar a nova licitação para a substituição do Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento da Administração Hospitalar ser concluída e assim encontrar uma sucessora definitiva, em vez de trazer uma terceira instituição temporariamente, ainda que o contrato com o a atual tivesse de ser prorrogado como já foi no final do ano passado.
Agora já é tarde.
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Este artigo foi publicado na seção Opinião do jornal Taperá, de Salto, de 20/03/2021.
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