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Números e impactos na educação infantil
Data de Publicação: 8 de maio de 2021 19:04:00 ARTIGO - A gestão atual da Prefeitura de Salto oferece dados muito diferentes da gestão passada e isto agrava o problema do setor.
Se os dados da administração atual de Salto estiverem certos, a situação das creches é muito pior do que se pensava.
Os números de uma e outra administração nunca serão os mesmos, sobretudo se o governo anterior foi derrotado pelo atual nas urnas, mas chama muito a atenção a afirmação do prefeito de Salto, Laerte Sonsin (PL), de que existe um déficit de 700 vagas nas creches municipais, já que o ex-prefeito Geraldo Garcia (PP) anunciou no final de 2020 que não havia criança fora da creche.
Um total de 700 crianças é um número bastante alto e não pode ser encarado como uma diferença simples de cálculo entre um governo e outro. É preciso lembrar que a abertura de novas vagas para zerar o déficit não foi uma ação de governo do ex-prefeito apenas, mas o cumprimento de determinação legal do Ministério Público, para que pais não fossem obrigados a recorrer à Justiça.
Se o número do déficit aumentou dessa maneira, considerando-se que o prefeito anterior tenha realmente zerado a demanda antes de deixar o cargo, algo de muito errado foi feito. Até porque nem estão havendo aulas e as crianças que têm vaga já não estão frequentando as unidades. Há que se apurar com rigor o que aconteceu e cabe à Câmara e ao MP essa obrigação.
Independentemente de qual prefeito tenha razão, o que se saberá só após a investigação desses dois poderes ser realizada e chegar ao final, o prefeito Laerte Sonsin tem razão em relação à ampliação do número de vagas: a estrutura física pode até ser ampliada com obras como a do Parque Laguna, que está em andamento, mas faltará o preenchimento da mão de obra.
A administração não tem como contratar mais pessoal para atuar nessas novas creches e tampouco poderá ampliar as atuais com mais pessoal, pois já atingiu o limite prudencial estabelecido por lei para manter o equilíbrio financeiro do governo. Então, o que se terá de fazer não será apenas aumentar o número de vagas para as crianças, mas criar mecanismos para driblar esse impedimento.
Uma das formas possíveis é a contratação terceirizada do serviço de creche por meio da iniciativa privada, o que também sangra os cofres públicos, uma vez que terá um custo alto e crescente, tendo em vista o volume do déficit revelado pelo prefeito atual e o fato de a procura de pais por vagas em creche aumentar todos os dias do ano, já que a população não para de crescer nem um dia.
Boa questão em pauta.
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Este artigo foi publicado na seção Opinião do jornal Taperá, de Salto, de 08/05/2021.
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