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Elogios mantêm em alta o astral da equipe
Data de Publicação: 22 de maio de 2021 16:45:00 RECONHECIMENTO - Todo mundo precisa de reconhecimento e de atenção para o trabalho que realiza e cabe ao líder fazer isto sempre.
Reconhecimento é fndamental para manter o moral da equipe em alta e para entusiasmar aqueles que trabalham.
Posso até ser xingando por coisas que não fiz, desde que antes eu tenha sido elogiado por coisas que efetivamente fiz.
Essa frase é de Henry Ford.
O fundador da Ford sabia como tratar as pessoas e como tirar delas o máximo que podiam dar para a sua empresa.
A frase traduz o pensamento da maioria das pessoas no ambiente de trabalho.
Não seria exagero dizer que também se pode expandi-la para a vida, pois ela ocorre fora do ambiente de trabalho, ou seja, na vida pessoal.
Quem não gosta de ser elogiado, não é?
Mesmo que sobrevenham críticas depois, o elogio tem dois papéis fundamentais: o de enaltecer qualidades profissionais ou pessoais da outra pessoa e o de reconhecer as suas capacidades e as de sua equipe.
Ao fazer um elogio, o líder está acendendo em cada um o fogo da dedicação e do esforço.
Por isto, a frase é um guia para bons líderes.
O líder deve saber reconhecer no subordinado o seu valor, ainda que tenha de criticá-lo por eventuais erros que cometer.
Se não conseguir elogiar e apenas criticar os erros, o líder acabará desestimulando a equipe e minando a sua criatividade.
Os elogios são a mola propulsora para as realizações de que todos precisamos.
Temos de ter avaliações de como estamos indo naquilo que resolvemos fazer.
Assim como na vida pessoal, um casal que não troca elogios, frequentemente se separa, no ambiente corporativo a falta de elogio desgraça uma equipe inteira, por melhor que ela seja.
Em todos os segmentos e em todos os ramos de atividade, se não formos reconhecidos em nossos valores e em nossas ações, tendemos a ficar deprimidos, menos confiantes e mais indolentes com as necessidades imediatas.
Descobri essa força do elogio na prática.
No meu primeiro papel de gestor, talvez por carregar uma pressão muito acima da minha capacidade de suportar, não segui essa cartilha.
Os resultados foram péssimos.
Tive de enfrentar até uma greve tal era a insatisfação dos funcionários.
Depois do Jornal “O Trabalhador”, onde fui diretor geral com apenas 23 anos, adotei a máxima de Henry Ford e me dei bem.
Nas outras empresas onde trabalhei como gestor, sempre consegui a boa vontade dos subordinados, porque antes os tinha elogiado.
No Jornal Correio Popular, de Campinas, por exemplo, assim que assumi o cargo de editor de Política, fui informado que teria dois repórteres que tendiam a ser de esquerda e radicais.
A informação me chegou de uma forma que eu devesse me preocupar.
Pessoalmente, não vejo problema algum em ter na equipe pessoas ligadas a partidos políticos e, sobretudo, que sejam radicais.
O que me interessava lá era que o trabalho tivesse sido feito. Quando vieram os entreveros, sempre comecei dizendo as qualidades de cada um e o quanto eu tinha sido privilegiado com a escolha deles. E aí encerrava perguntando: o que eu poderia fazer por eles.
Invariavelmente, eles abriam um sorriso e passavam a me tratar com mais jeito.
Exercitei essa tática também na Folha de São Paulo, na Gazeta Mercantil e no Cruzeiro do Sul.
Mas o trabalho como gestor que mais me exigiu o uso do elogio foi quando assumi como titular da Secretaria de Comunicação e Eventos da Prefeitura de Sorocaba.
Lá, eu tinha de contar muito com estratégias desse tipo, pois todos os comissionados, aqueles contratados sem concurso que são mais aplicados por essa condição mesmo, haviam sido demitidos e eu só tinha os funcionários de carreira, concursados, para trabalhar.
Ocorre que funcionário de carreira, via de regra, não se dispunha a trabalhar com tanta dedicação e esforço, afinal não dependia do governo em vigor, nem do secretário no cargo, pois conquistara aquele espaço por seus méritos concorrendo e vencendo um concurso público.
Se eu não os motivasse, estaria perdido, já que a pressão sobre mim era enorme, uma vez que o prefeito precisava demais de um reforço da Comunicação naquele e em todos os momentos, dada ao fato de ser um governo de ruptura após mais de 20 anos de PSDB.
Para motivá-los eu sempre reunia cada segmento que compunha a minha equipe e dava-lhes um mimo de presente e fazia um discurso enaltecendo as capacidades de cada um para o sucesso do conjunto.
Não era uma estratégia, embora funcionasse como, pois eu realmente queria homenageá-los e motivá-los com o meu reconhecimento.
Acreditei nas equipes com quem trabalhei.
Outra coisa que fiz àquela época foi pedir uma foto de cada um dos meus colaboradores. Em seguida, eu as coloquei na parede da minha sala.
E eu pedi a foto com a qual cada um se reconhecesse, ou seja, não era uma foto profissional, mas uma de que gostassem.
Assim, quem vinha me visitar via logo que se tratava de uma equipe criativa, dedicada e extremamente focada e o mais importante: com liberdade para criar e ser como eram.
Essa compreensão eles tinham quando eu mostrava os trabalhos realizados pela equipe e pelas fotos, muitas delas despojadas mesmo.
O ponto alto disso tudo foi quando o governo completou 100 dias e eu pedi ao grupo que elaborasse uma cerimônia para marcar a data.
O resultado foi um evento enxuto, preciso e muito emocionante. O prefeito e os secretários gostaram e o público também.
A maior alegria que tive foi ver o auditório inteiro de pé para aplaudir o trabalho.
Deu muito orgulho de ter aquela equipe.
Depois ainda recebi muitos elogios por e-mail, whatsapp, pessoalmente, de todos os lugares.
Após a cerimônia, ao chegar ao andar da Comunicação, reuni todos os meus colaboradores e disse:
Muito obrigado. Vocês foram ótimos.
E vi no rosto de cada um a alegria de fazer parte daquela equipe e isto é inesquecível.
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