Como ter uma rotina de escritor em 4 passos

23 de fevereiro de 2021

Como ter uma rotina de escritor em 4 passos

Data de Publicação: 23 de fevereiro de 2021 21:10:00 Vença o receio de ter uma programação para cada um dos seus dias e se torne um escritor organizado e mais produtivo ao final.

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Ter uma programação para todas as horas do dia não é algo entediante nem desanimador. Ao contrário, é uma forma de atingir etapas com um objetivo maior. Pense nisso como produtividade para a escrita criativa.

 

 

Não há atleta sem treino, não é mesmo?

Exceções curiosas como Romário, que não gostava de treinar e jogava muito bem, existem, mas são raras e estão cada vez mais em desuso.

Treinar está para o atleta na mesma proporção que ter uma rotina para o escritor.

A razão é muito simples: sem praticar ninguém fica bom e menos ainda desenvolve grandes obras seja em que área for.

Quando se fala em praticar a escrita criativa, a primeira coisa que vem à cabeça de quem está iniciando é se basear nos grandes escritores.

Não faça isso.

Os grandes escritores e todos os escritores do mundo têm rotinas diferentes e específicas para a prática do seu ofício no dia a dia.

Isto ocorre porque uns são mais velhos e outros mais novos, uns moram em um país onde faz muito frio e outros em um país de clima quente, há os que vivem sozinhos e os que são acompanhados de poucas ou muitas pessoas.

Enfim, as realidades diferentes e os tipos de seres humanos diferentes criam rotinas diversificadas tanto quanto as variedades de tipos e seres e não há como seguir todos.

O que você, jovem escritor ou escritor que ainda não encontrou o seu caminho, precisa é desenvolver a sua rotina de escritor.

Neste artigo vou indicar quatro passos que são chave para que consiga chegar lá.

O primeiro deles é descobrir qual é a sua produtividade. Em que momento do dia ou da noite você tem melhor rendimento?

Eu, por exemplo, gosto mais de escrever de manhã, mas já escrevi de madrugada, de tarde, de noite e até mesmo no amanhecer.

Cada um tem um horário em que se dá melhor e saber qual é abre o caminho para iniciar a sua rotina de escritor de fato.

Leve em conta ruídos (pessoas falando em outros cômodos da casa, barulho da rua), momentos em que costuma dormir, quando se alimenta (normalmente dá menos vontade de escrever depois) e horários de outros compromissos já definidos e que não podem ser adiados, como ir ao banco ou ao mercado.

Além do melhor horário, é preciso dividir o seu dia em etapas conforme tudo o que tem para fazer. Infelizmente nenhum de nós é apenas um escritor e só faz isto na vida.

Se fosse assim, seria bárbaro.

O problema é que somos pais e mães, somos donos de empresas, somos profissionais liberais, enfim somos muitas coisas além.

Por isso, quando descobrir qual é o melhor horário que você tem para escrever, programe as outras atividades nos demais horários.

Não vá colocar, por exemplo, ir à academia no final do dia e depois escrever.

Fatalmente estará cansado e o que gostaria de fazer seria relaxar e não escrever.

Pense na produtividade.

O terceiro passo é escolher um lugar para escrever. Por incrível que possa parecer, se você não tem um canto onde possa deixar as suas coisas e poder escrever em paz, você não terá um rendimento adequado infelizmente.

Não precisa ser um escritório com mesas, cadeiras, estantes e muitos livros ou uma tevê no final da mesa para ter inspiração.

O lugar de escrever é um canto, um espaço onde ninguém o incomode. Um lugar que não seja passagem, onde não bata sol demais, onde não vente muito, onde o barulho não incomode.

O canto de escrever precisa ser dotado das coisas básicas para escrever: mesa, cadeira, computador, papel, caneta.

Tudo isto pode parecer certinho demais.

Afinal, tem escritor que trabalha em livraria, em cafeteria, em biblioteca, em faculdade.

Tem mesmo.

Há gente para tudo neste mundo.

O que estou falando é de uma rotina que me parece mais saudável e mais aplicável à maioria das pessoas, mas isto não é uma camisa de força. Se você quer ser diferente, invente.

A vida é daqueles que se aventuram.

O quarto e último passo é a disciplina de definir quanto se deve escrever por dia e quanto se deve descansar também.

Quanto a essa definição, ela vai depender da sua meta. Se pretende escrever um livro em seis meses, que é uma média normal para um escritor e para um livro na média dos que existem no mercado, precisará se dedicar pelo menos por duas horas diárias, inclusive nos finais de semana e feriados.

Nesse caso, o descanso será quando estiver mais adiantado, se conseguir estar.

Mas o compromisso não é só quando tem uma editora esperando ou um projeto planejado. Escrever deve ser uma constante. Do contrário, o escritor nunca estará pronto.

É claro que, se o corpo não corresponder, não se deve insistir além da produção mínima diária que seria de uns mil caracteres.

Caso não saia nada, não se ache o pior escritor do mundo. Acontece. Mas tudo é passageiro.

Acredite em você e continue no outro dia.

 

 

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Imagem da Galeria Ter uma programação para escrever todos os dias ajuda a ser mais produtivo
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