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Volta às aulas presenciais é premeditada
Data de Publicação: 24 de julho de 2021 00:32:00 Não há por que não esperar um pouco mais, já que se esperou até aqui, para que todos estejam vacinados com a segunda dose.
Prefeitura poderia pensar no risco a que está expondo todos os profissionais envolvidos, os estudantes e suas famílias.
A determinação da Prefeitura de Salto de retomar as aulas presenciais a partir desta segunda-feira (26) é uma decisão premeditada e perigosa. Não se está levando em conta o mais importante nesta questão, que é a saúde dos profissionais envolvidos e dos próprios estudantes e suas famílias.
O mínimo que a administração deveria garantir é a segurança para todos antes de tomar uma medida como essa, sobretudo tendo em vista o agravamento da doença e a espera até agora. Embora a educação seja uma prioridade, grande parte dos profissionais dessa área ainda não recebeu duas doses da vacina.
Afora isso, as escolas não estão totalmente adaptadas, não houve capacitação adequada e não há equipamentos de segurança para todos os estudantes como se espera. Não bastam palestras motivadoras e a defesa de que se tem de retomar a educação antes que os alunos percam o ano: saúde é mais importante que isso.
De que adianta retomar as aulas e daqui a pouco professores, funcionários e os próprios estudantes e familiares aparecerem contaminados e pior: morrerem em uma UTI? A vida não se repõe como as aulas podem ser repostas e, sobretudo, como as aulas online estão suprindo essa lacuna nesse período de pandemia.
É claro que não se defende que não se volte mais às aulas ou que se adie sem prazo esse retorno. O que se precisa fazer é criar condições ideais para isto e estabelecer o prazo necessário. Voltar para agradar o interesse de autoridades apenas não parece ser coerente. Além de coerência, é fundamental inteligência agora.
Outro aspecto a ser observado é que todo o trabalho de imunização dos profissionais envolvidos com a educação pode ser perdido por se antecipar a volta. A primeira dose, que é o que a maioria tomou até agora, não garante a imunização completa e de nada servirá se houver uma contaminação no meio do caminho.
Há mais: existem professores que se negaram a tomar a vacina, o que é um direito deles, sem dúvida nenhuma, mas um direito que fere o direito das outras pessoas. Neste caso. há necessidade de que as autoridades do município tomem providências, pois a atitude desses professores coloca em risco alunos e suas famílias.
Todas as pessoas têm o direito de agir conforme entendem que seja o melhor para elas, mas, se a atitude delas viola o direito de segurança e de saúde das outras pessoas, esse direito perde o sentido e requer uma revisão, afinal vivemos em sociedade e o que cada um faz impacta direta ou indiretamente no outro.
Que vigore o bom senso.
Informação complementar
Este artigo foi publicado também na seção Opinião do jornal Taperá, de Salto, de 24/07/2021.
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