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Vacinação de idosos ainda patina
Data de Publicação: 13 de fevereiro de 2021 15:40:00 A decisão tomada pelos prefeitos de fazer cada um o seu cronograma de vacinação dificulta a imunização das prioridades.
Prefeituras precisam divulgar mais informações sobre a vacinação, manter controle rígido sobre quem é imunizado e respeitar a fila de prioridades, como diz o Ministério da Saúde, para não prejudicar ninguém.
A Prefeitura de Salto foi pioneira na região de Sorocaba ao ampliar a vacinação contra a Covid-19 para idosos com mais de 75 anos, afinal a maioria dos municípios ainda imuniza pessoas com mais de 90 anos, mas o procedimento patina um pouco. O ponto crítico é a falta de informações oficiais de orientação e de controle, sobretudo nos canais tradicionais e nos telefones da administração, o que gera divulgações confusas por meio da rede social.
O setor responsável precisa disponibilizar servidores preparados para responder às perguntas da população com dados técnicos e informações seguras. Também se deveria ter um telefone centralizado divulgado para onde se possa ligar e se informar. Hoje não existe um telefone com essa prestação de serviço e cada pessoa consultada na estrutura administrativa informa coisas diferentes. Resultam disto mais insatisfação e dúvidas.
A divulgação de informações por e-mail para quem se cadastrou ou tenta fazer o cadastro seria outra forma de amenizar a carência atual de informações. Quando faz o cadastramento, o usuário é avisado que um e-mail será enviado com o local, dia e horário da vacinação. Mas não há um endereço onde o usuário que não recebeu o e-mail possa reclamar. Ao menos um setor que esclareça os pontos escuros, como confirmação do agendamento no período.
O ideal seria que a administração viesse a público para dizer quantas vacinas estão disponibilizadas a cada etapa e que esse cronograma fosse exposto e alterado publicamente a cada necessidade. Dessa forma, as pessoas poderiam saber o que está acontecendo. A transparência das informações e a disponibilização em canais adequados proporciona resultados mais rápidos e mais eficazes do ponto de vista da comunicação oficial.
Entende-se que o município não tem autonomia para gerir o processo de vacinação e que, por esta razão mesmo, muita coisa lhe escape das mãos, mas é necessário que haja uma melhoria. Até para que o cidadão identifique claramente quem está dificultando as coisas ou que está causando algum problema no fornecimento das vacinas. A população não pode ser atingida pelos reflexos da briga política travada pelo governador com o presidente.
É preciso entender que as pessoas estão angustiadas e com receio de não receberem a vacina e que, nesta fase, se está tratando de gente mais fragilizada pela idade avançada. É natural que haja uma preocupação acentuada de filhos e netos. Angústia que só passará quando todos estiverem vacinados. Como isto vai demorar muito, é fundamental que se tenha uma situação menos traumática possível, sobretudo para quem mais precisa.
É o que há a se fazer.
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Este artigo foi publicado na seção Opinião do jornal Taperá, de Salto, de 13/02/2021.
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