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Vacinação Covid é um grande negócio
Data de Publicação: 15 de dezembro de 2020 19:08:00 Empresas e investidores faturam alto com a venda de vacinas e de todos os acessórios para a sua preservação atualmente.
SEM TEMPO? ENTÃO VEJA O RESUMO
Procura pela vacina contra a Covid-19 abriu um leque de vendas em que várias empresas estão faturando alto. Pandemia fez com que os imunizantes se tornassem capital de alto valor agregado.
É fato que a maciça maioria da população mundial quer se vacinar contra o coronavírus e isto se tornou, por essa razão mesmo, um grande negócio para muita gente. Afinal, está presente nessa questão a máxima que faz qualquer venda existir: há uma demanda e vai se constituir oferta para atender a essa procura.
Por pressões políticas e pelo interesse do presidente na eleição de 2022, o governo federal desandou a comprar vacinas de repente para garantir a imunização. Hoje, o país já tem assegurada a compra de pelo menos 196 milhões de doses de imunizantes, suficientes para atender a 46% da população inteira.
O Chile foi mais longe: comprou vacinas em número tão grande que o país será capaz de vacinar mais de duas vezes toda a sua população (223%). Na América Latina, também já compraram vacinas o México (178 milhões de doses para 71% da população) e a Argentina (47 milhões de doses para 52% da população).
Mesmo antes de se confirmar a eficácia das vacinas, os países mais desenvolvidos são os que mais investiram na compra de doses: ao todo já compraram 3,8 bilhões de unidades. E esses números deverão aumentar muito com a aprovação oficial e definitiva dos imunizantes pelos países mundo afora.
No Brasil, as vendas entram agora em outro patamar de negócios com a liberação para que clínicas e hospitais privados também comercializem as vacinas aprovadas. A Anvisa informou que a autorização para a venda será realizada ao mesmo tempo em que os imunizantes ganharem o aval no setor público.
Só para se ter uma ideia do potencial desse mercado, as clínicas de vacinação faturam atualmente R$ 1 bilhão por ano no Brasil, mas a previsão para 2021 mais modesta é de dobrar esse número. Para os responsáveis por essas clínicas e hospitais, o governo incentiva o negócio para não ter de vacinar todo mundo.
Ainda não se tem o custo de cada dose nas clínicas e hospitais privados, mas as compras do governo federal envolvem valores em torno dos seguintes números: AstraZeneca (US$ 4 a US$ 30), Pfizer e Moderna (US$ 10 a US$ 50), CoronaVac (US$ 10,30 a US$ 30), Novavax (US$ 16) e Sputnik V e Janssen (US$ 10 cada).
O presidente da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas, Geraldo Barbosa, disse que a entidade negocia com os laboratórios Pfizer, AstraZeneca, Janssen e Sinovac, que vão vender para o governo, e com outros três que não vão vender para o governo, mas não revela os nomes para não atrapalhar os contratos.
O negócio rentável das vacinas não envolve só o imunizante neste momento. Os Estados Unidos, por exemplo, aumentaram de 10 a 20 vezes a importação de gelo seco e equipamentos correlatos usados na preservação das vacinas. Todos esses produtos vêm de fábricas chinesas, que se preparam para dobrar de tamanho.
De acordo com os responsáveis pela importação, o aumento da procura por gelo seco já levou à escassez de contêineres e ao aumento de preço da carga aérea. Esse setor estima que o crescimento dessa área seja duplicado para os próximos seis meses com a aprovação e lançamento de mais vacinas.
Já existe inclusive uma preocupação com a escassez de matérias-primas. Afinal, a capacidade de produção de produtos químicos, que utiliza dióxido de carbono no caso do gelo seco, teve de ser reduzida por questões ambientais. Enfim, são os negócios que surgem da crise que empobreceu uns e agora enriquece outros.
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