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Triplica total de eleitas em grandes cidades
Data de Publicação: 30 de novembro de 2020 17:29:00 Resultado do segundo turno é positivo para as mulheres, mas ainda é pouco para a representatividade.
SEM TEMPO? ENTÃO VEJA O RESUMO
Com o segundo turno, que elegeu sete mulheres para comandar grandes cidades neste domingo (29), o número de prefeitas eleitas em municípios com mais de 200 mil eleitores, triplicou na comparação com 2016.
O número de mulheres eleitas para comandar prefeituras de grandes cidades triplicou neste ano na comparação com 2016. Ao todo, foram escolhidas sete mulheres neste segundo turno e outras duas no primeiro turno. Na eleição passada apenas três grandes cidades haviam colocado uma mulher no comando.
Além das nove prefeitas eleitas, 16 mulheres de 27 que concorriam no segundo turno foram escolhidas vice-prefeitas, cinco delas em capitais. Essas mulheres podem assumir o posto se o titular faltar. Aconteceu em 2019 em Sorocaba, por exemplo, com a atual prefeita, que foi ao cargo após a cassação do titular.
As candidaturas a vice têm aumentado nas últimas eleições, tanto a prefeita, quando a governadora e a presidente de República. Em um país onde oito presidentes da República foram substituídos por seus respectivos vices, esse aumento faz sentido. As mulheres vices são também catalisadoras de votos.
Nesta eleição, o número de mulheres eleitas prefeitas cresceu na comparação com 2016, passando de 641 para 658. O número de vereadoras eleitas subiu de 7.800 para 9.196. Talvez puxada por Manuela D’Ávila (PC do B), com votação expressiva, embora não tenha se elegido, Porto Alegre é a capital com mais eleitas: 36,6%.
Um dado curioso é que as mulheres eleitas neste segundo turno estão mais ligadas ao centro ou à direita. Das sete prefeitas eleitas, apenas duas são de esquerda e das 16 vice-prefeitas eleitas, 13 são de partidos de centro ou de direita. Isto mostra que a militância tradicional feminina está deixando de lado a esquerda.
O total de candidaturas femininas cresceu muito neste ano também em razão do fato de que foi o primeiro ano da entrada em vigor da lei das cotas de 30% de candidaturas femininas e ainda de reserva de pelo menos 30% dos fundos eleitoral e partidário para financiar candidatas e do mesmo percentual para propaganda.
Some-se a isso ainda o fato de ter havido neste ano o fim das coligações nas eleições proporcionais, ou seja, cada partido foi obrigado a reservar vagas a mulheres e não mais cada coligação, sendo assim 3 em cada 10 candidaturas de vereador tiveram de ser destinadas a mulheres. E o cerco às laranjas aumentou.
Apesar disso, levantamento realizado pelo Estadão logo após o primeiro turno revelou que 6.372 mulheres das 173 mil que concorreram ao cargo de vereador em todo o Brasil tiveram apenas um ou nenhum voto, o que indica claramente a possibilidade de essas terem atuado apenas para preencher a cota.
O caso ainda está sendo investigado, mas não se admite que alguém se candidate a um cargo e nem ela própria vote no seu nome. O problema maior não é só a candidatura em si não receber o apoio, mas o fato de que essas postulantes receberam financiamento público para participar da eleição.
Se a candidatura de mulheres é importante para que o eleitorado feminino possa ser melhor representado, a postura de mulheres que se prestam a esse papel de figurar como candidatas apenas para cumprir as cotas é altamente condenável e deve ser combatido por todos: mulheres e homens cidadãos da sociedade.
Fique sabendo
De segunda a sexta-feira tem um artigo novo neste espaço sobre política, economia ou negócios.
Só têm segundo cidades com mais de 200 mil eleitores e onde nenhum candidato conseguiu 50% mais 1% dos votos válidos.
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