Sorocaba tem chance de eleger uma mulher

8 de setembro de 2020

Sorocaba tem chance de eleger uma mulher

Data de Publicação: 8 de setembro de 2020 12:16:00 As duas principais concorrentes deste ano na disputa pela Prefeitura são a atual ocupante do cargo e uma deputada estadual.

Compartilhe este conteúdo:

 

SEM TEMPO? ENTÃO VEJA O RESUMO

Pela primeira vez, uma mulher pode vir a ser prefeita de Sorocaba. Concorrem com chances grandes a atual ocupante do cargo Jaqueline Coutinho (PSL) e a deputada estadual Maria Lúcia Amary (PSDB).

 

 

Neste ano, pela primeira vez na história, Sorocaba tem grandes chances de eleger uma mulher como prefeita. As principais candidatas na corrida eleitoral, a atual ocupante do cargo, Jaqueline Coutinho (PSL), e a deputada estadual Maria Lúcia Amary (PSDB) surgiram para a política pelas mãos de Renato Amary (MDB). O ex-prefeito e ex-deputado é um dos nomes mais respeitados da cidade.

Com uma carreira vitoriosa na política, Renato Amary começou como deputado estadual em 1994. Mas com apenas dois anos de mandato já se tornou líder do partido na Assembleia. Em 1996, elegeu-se pela primeira vez prefeito de Sorocaba. Transformou a cidade com o seu governo, reelegendo-se em 2000 e fazendo o sucessor, o hoje deputado federal Vitor Lippi (PSDB), em 2004.

Depois foi um dos presidentes mais atuantes do Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal (Cepam) da Fundação Prefeito Faria Lima, em São Paulo, nos anos de 2005 e 2006. Deixou o cargo para concorrer a deputado federal. Elegeu-se com a quarta maior votação da história do seu então partido, o PSDB, onde esteve por 20 anos ininterruptos e o partido que mais governou a cidade.

Em 2012, Renato Amary não conseguiu se eleger prefeito novamente, mas perdeu por uma diferença muito pequena de votos. Mesmo assim, não desistiu. Durante quatro anos organizou o PMDB na região como sua principal liderança e preparou a campanha para 2016. Chegou a escolher como vice Jaqueline Coutinho, então no PTB. Mas, em virtude de problemas pessoais, acabou não concorrendo.

Ciente do seu papel na política de Sorocaba, Amary não se retirou do cenário e indicou o vereador José Crespo (DEM) como seu substituto. O democrata concorreu com Jaqueline como vice, vencendo a eleição graças ao apoio do ex-prefeito, que foi às ruas com ele para pedir votos, derrotando o deputado estadual à época Raul Marcelo (PSOL) com quase o dobro da votação do adversário.

O mesmo Renato Amary foi quem indicou Maria Lúcia Amary, que era sua esposa à época, para concorrer a deputada estadual em 1998. Ela teve uma votação expressiva, mas não se elegeu. Novamente, o ex-prefeito apostou nela em 2002 e a partir dali a deputada não perdeu mais nenhuma eleição (hoje está no quinto mandato consecutivo e já foi até vice-presidente da Assembleia).

Mas não é só o fato de terem nascido para a política pelas mãos de Renato Amary que cacifa as duas candidatas como principais nomes da disputa. Ambas têm qualidades inquestionáveis para comandar o município e carregam consigo experiências significativas de aproximação com os problemas da população. Além disso, contam com o perfil de mulheres honestas que construíram ao longo do tempo.

Jaqueline Coutinho assumiu uma prefeitura quebrada após a segunda cassação de José Crespo. O ex-prefeito não honrou o apoio que recebeu de Renato Amary e acabou errando no processo de gestão. Endividou o município e não conseguiu avançar em questões fundamentais, como a saúde e a educação. A atual prefeita governou sem dinheiro, mas está entregando obras, como o BRT.

Já Maria Lúcia Amary se manteve como um dos principais nomes da política de Sorocaba durante todos esses anos como deputada estadual. Mesmo com os grandes caciques do PSDB envolvidos com escândalos, ela sempre passou ao largo disso. Ao contrário, foi uma das lideranças que a população sempre reputou como séria, honesta e trabalhadora, o que lhe valeu todas as eleições.

Há outros candidatos na corrida eleitoral com boas reputações também e com descortínio para comandar Sorocaba, como o atual presidente da Câmara, Fernando Dini (MDB), e o ex-presidente Rodrigo Manga (Republicanos, antigo PRB, partido pelo qual o ex-vereador Helio Godoy concorreu a prefeito em 2016, ficando em terceiro e muito próximo do segundo colocado).

Mas o atual presidente ainda pode desistir da candidatura para apoiar ou a atual prefeita ou a deputada Maria Lúcia Amary. As negociações ocorrem intensamente. E Rodrigo Manga é dono de uma votação expressiva para vereador (foi o mais bem votado da história da cidade na última eleição) e tem se aliado com nomes importantes para conquistar o eleitor. Falta só se popularizar mais.

O ex-deputado Raul Marcelo (PSOL) é outro nome forte na disputa, já que alcançou a maior votação que o seu partido já teve e foi para o segundo turno com Crespo mesmo sem apoio e sem dinheiro para a campanha. Ele pretende usar esse desempenho em contraposição à péssima performance de Crespo no cargo, mas erra ao querer vincular Manga e Jaqueline a Crespo.

 

FIQUE SABENDO

De segunda a sexta-feira tem um artigo novo neste espaço sobre política, economia ou negócios. 

Imagem da Galeria A atual prefeita Jaqueline Coutinho, que concorre à reeleição
Imagem da Galeria A deputada estadual Maria Lúcia Amary, que concorre à Prefeitura
Compartilhe este conteúdo:

  Seja o primeiro a comentar!

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Envie seu comentário preenchendo os campos abaixo

Nome
E-mail
Localização
Comentário
 (19) 97823-9494
 contato@eloydeoliveira.com.br