Sem fiscalização, a pandemia vencerá

6 de março de 2021

Sem fiscalização, a pandemia vencerá

Data de Publicação: 6 de março de 2021 21:18:00 Governos precisam fazer acompanhamento rígido e repressão severa às infrações aos planos de combate ao coronavírus.

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Enquanto os governos, em todas as esferas de poder, não agirem com rigor e punirem exemplarmente as infrações contra o combate ao coronavírus, a pandemia seguirá vencendo e os brasileiros perdendo: é hora de acordar, senhores.

 

 

O assunto do momento é a alta vertiginosa dos registros de novos casos de Covid-19, que estão lotando as UTIs e, como consequência, ampliando na mesma proporção o número de óbitos, mas o que não se fala é da fiscalização necessária e efetiva. Na maioria dos municípios do país inteiro o que se faz é fingir que se fiscaliza e quem tem de seguir às regras de programas, como o Plano São Paulo, também finge que atende às normas.

Parece que nem um lado nem o outro se deu conta da gravidade da pandemia ou que imagina que uma solução virá do céu. Se não há fiscais suficientes como os prefeitos alegam, que se tenha então um plano de emergência para resolver esse problema. Prefeitos são eleitos para resolver problemas e não para reclamar deles. Se a legislação atual não atende o ideal para punir quem não segue as regras -e não atende mesmo- há que se atualizá-la imediatamente.

Não dá para as autoridades -e nisso se inclui prefeituras, Câmaras e Ministério Público- assistirem o avanço da doença e se juntarem à população para reclamar. Estamos vivendo uma situação nunca vivida e precisamos de medidas que se adéquem a essa realidade. Não é porque o presidente ignora a população que está se contaminando e morrendo que todos devem segui-lo. Há que se ter consciência e senso crítico para não o seguir.

Algumas das medidas que poderiam ser adotadas é a criação de uma força tarefa de fiscalização que reunisse gente de todos os setores da Prefeitura. Na imprensa essa foi a solução para atender a emergência da situação. Profissionais que só faziam reportagens de esportes, estão falando de saúde agora. A prioridade é essa. Por que uma Prefeitura não pode reconhecer a mesma prioridade? Um grupo multitarefa pode atuar de forma mais abrangente e mais efetiva neste momento de absoluta crise generalizada.

Outra medida é a criação de um pacote de leis para agir durante esse agravamento da doença. Se não há fiscais suficientes e se as pessoas desobedecem às regras, por que não se muda a forma de punir? Por exemplo, por que multar apenas o dono do estabelecimento que promove aglomeração? Se deveria multar os cidadãos que lá estiveram: a multa por CPF. Para quem promove festas compensa pagar a multa hoje e isso quando ela vem.

Não dá para continuar assim.

 

 

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Este artigo foi publicado na seção Opinião do jornal Taperá, de Salto, de 06/03/2021.

Imagem da Galeria UTI do hospital municipal em Salto está lotada e a situação é crítica
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