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Salto vai na contramão com a violência
Data de Publicação: 5 de junho de 2021 17:55:00 Cidade registra elevação no número de casos de diversos crimes, quando a maioria dos municípios do Estado vê esses índices baixarem.
Registros policiais apontam para crescimento no número de ocorrências, enquanto o Estado tem tendência de queda.
Enquanto a maioria dos municípios do Estado está registrando menos ocorrências em razão da pandemia, que, bem ou mal, tirou muita gente de circulação, inclusive bandidos, em Salto, os registros da Secretaria de Estado da Segurança Pública mostram que ocorre o contrário e em praticamente todos os tipos de crimes.
A queda no número de ocorrências foi registrada por meio de uma pesquisa do Grupo Tracker em parceria com a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), que realizam estudos mensais sobre os impactos da violência no Estado desde janeiro de 2019 para ajudar na criação e implantação de políticas públicas.
Não se entende por que razão houve aumento da violência em Salto se há menos gente circulando e se a cidade dispõe de mecanismos de combate à criminalidade. A única explicação possível é uma atuação menos intensa das polícias Civil e Militar e da Guarda Municipal ou mesmo uma migração de bandidos.
Seja qual for a razão, é imperioso que ela seja afastada e que os índices voltem a baixar ou que pelo menos sigam a tendência do Estado atualmente. Afinal, já basta a pandemia e o desgoverno da União, que vive para atrapalhar o combate ao vírus, e as ações político-eleitoreiras do governo Estado, para nos atrapalhar.
Entre os aumentos registrados chama a atenção a elevação de casos de estupros de vulneráveis. Dos 19 registros deste ano desse tipo de crime, 13 foram praticados contra menores de 14 anos. O caso mais recente é o de um pai que estuprou a própria filha menor. No ano passado esse tipo de crime teve quatro ocorrências.
A elevação do número de casos entre vulneráveis exige que as autoridades, principalmente da Prefeitura, que é o órgão mais próximo, criem, implantem e operem políticas públicas de esclarecimento, apoio e remoção de crianças desse convívio, inclusive com a ajuda da polícia para prender o agressor.
É importante frisar que o aumento da violência implica também em um aumento da tensão da convivência, muitas vezes forçada pela pandemia. Por essa razão, há que se criar políticas de geração de emprego e renda para tirar os agressores das casas no período de trabalho e para torná-los produtivos e úteis novamente.
A sociedade pede socorro.
Informação complementar
Este artigo foi publicado na seção Opinião do jornal Taperá, de Salto, de 05/06/2021.
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