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Retomada das aulas presenciais é evitável
Data de Publicação: 16 de janeiro de 2021 22:16:00 A decisão do governo do Estado, que prevê a volta de parte dos estudantes às escolas em fevereiro, deveria ser repensada.
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Que o governo do Estado prevê que parte dos estudantes retorne às escolas presencialmente em fevereiro, embora os riscos de contaminação pelo novo coronavírus e suas variantes não estejam afastados.
A retomada das aulas presenciais nas escolas de Salto, cuja previsão da Prefeitura, baseada na direção apontada pelo governo do Estado, é de ocorrer em 1º de fevereiro, é uma decisão que expõe os alunos e suas famílias a um risco desnecessário e totalmente evitável de contaminação pelo novo coronavírus.
Ainda que as escolas estejam preparadas do ponto de vista dos equipamentos de proteção, do treinamento de professores e funcionários e ainda com a desinfecção dos locais, a volta às aulas presenciais não poderá ser com a totalidade dos alunos, o que quebra o projeto educacional organizado para um todo.
Se parte dos estudantes terá de continuar com as aulas à distância e se o planejamento dos professores terá de ser feito para atender às duas situações, qual é o sentido de se colocar um pequeno grupo de 35% de cada classe nessa exposição? Em que se ganhará efetivamente do ponto de vista educacional e de saúde?
A resposta é clara: não se ganhará nada. Ao contrário, haverá perdas e algumas poderão ser mais significativas ainda, como uma possível morte pela doença. É preciso lembrar que os estudantes têm avós e pessoas mais velhas na família que poderão se contaminar por eles estarem expostos no retorno às aulas.
Além disso, os professores terão de dobrar a sua carga de trabalho para darem conta da demanda presencial associada à demanda à distância e ainda terão de se esforçar para unir o projeto pedagógico com essas variantes de aprendizagem. Essa situação não é boa e nem é justa profissionalmente com eles.
O mais sensato neste momento é aguardar o início da vacinação e obter um número maior de pessoas imunizadas para reduzir o índice de contaminação no conjunto. A partir disso, se retoma o projeto educacional como era e para todos, sem um risco tão grande e, sobretudo, repito: desnecessário e evitável.
Não é uma situação fácil para a administração, tampouco para quem tem escolas particulares. A necessidade de pagar professores, funcionários e a manutenção de estruturas sem um uso efetivo deixa muitos dos gestores de cabeça quente. Só que é necessário neste momento para não piorar a situação.
Bom senso apenas.
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Este artigo foi publicado na seção Opinião do jornal Taperá, de Salto, de 16/01/2021.
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