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Para recuperar, precisa de mais esforço
Data de Publicação: 17 de abril de 2021 16:09:00 ARTIGO - Governos em todas as esferas de poder devem ir muito além do estágio atual para conseguirem trazer a normalidade de volta.
Governos têm obrigação de atacar problemas estruturais e de socorrer os setores e as pessoas mais atingidos pela pandemia.
É muito positiva a informação, divulgada pela administração municipal de Salto, de que uma empresa de São Paulo já iniciou a implantação de um novo loteamento industrial na região da Estrada do Lajeado, com 388 lotes de 400 m2 cada. Mas ela ainda é pouco para empreender uma recuperação nos níveis das perdas provocadas pela pandemia do coronavírus ao longo de todo o ano passado e ainda neste início de 2021, que são altíssimas.
Aliás, essa iniciativa da empresa paulistana choca diretamente com a decisão do governo municipal de suspender por seis meses a implantação de novos empreendimentos imobiliários na cidade, com o fim de estudar a situação da falta de água. Se falta água para os empreendedores imobiliários, não há de faltar também para os empreendedores industriais e o que uma indústria pode fazer sem poder contar com o fornecimento regular de água?
Há alternativas, evidentemente, como faz as Lojas Cem, que não depende de água do município, pois criou uma solução própria com poço artesiano. Acontece que nem todos têm o potencial financeiro da rede e, ainda que tivessem, não existiriam condições técnicas para que todos partissem para essa saída. O fato é que a busca de alternativas é paliativa apenas, uma vez que o problema deve ser resolvido pelo Poder Público e de forma muito urgente.
O cidadão comum também não está tendo água na sua torneira com frequência absurda e inaceitável. Até o final do ano passado, havia faltas em vários locais, mas o reabastecimento era garantido de forma contínua. Hoje o que se vê é que a partir de uma determinada hora não se tem mais água. Se o morador não tiver caixa d’água, ficará à mercê da religação das bombas e sabe-se que boa parte da população, infelizmente, ainda não tem caixa.
O problema da recuperação das perdas provocadas pela pandemia passa por uma ação mais efetiva em relação ao fornecimento de água e à criação de estruturas de apoio tanto para as indústrias quanto para o comércio e ainda para o cidadão. Cidades vizinhas, como Indaiatuba, já criaram auxílio emergencial, subsídios a setores mais afetados e tem procurado discutir as questões pontuais: isto é fundamental para a cidade.
Nesses primeiros cem dias do ano, a crise da saúde por conta do coronavírus já passou por uma troca extemporânea da gestora do Hospital Municipal, o que compromete o trabalho de combate à doença e desestabiliza o atendimento, além de uma absurda polêmica sobre listas de vacinados, que, ao contrário disso, deveria mostrar a transparência do serviço de vacinação, necessária para este momento de tanta informação desencontrada e terror.
O saldo ainda é negativo.
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Este artigo foi publicado na seção Opinião do jornal Taperá, de Salto, de 17/04/2021.
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