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Empresas com base na multiplicidade de perfis conseguem ser mais lucrativas por combinar capacidades individuais muito diferentes. Mas a estrutura exige mudança de visão da liderança.

O isolamento social, provocado pela pandemia do novo coronavírus, trouxe uma ampliação da diversidade para as empresas. O processo ainda é incipiente, mas ganha contornos de tendência em virtude dos ganhos que se observa. No entanto, ainda falta o essencial para que mais empresas apostem nessa mudança: o desenvolvimento de lideranças de diversidade.

O que são lideranças de diversidade? O líder de diversidade é aquele executivo que mescla seus colaboradores com distintas idades, estado civil, crenças, etnias, necessidades especiais, classes sociais, gêneros, religião, orientações sexuais e culturas, o que permite o aproveitamento maior das capacidades diversas e também a combinação dessas variações para o produtivo.

Para iniciar um trabalho dessa envergadura, além das lideranças de diversidade, é necessário que o RH comece a trabalhar os colaboradores que não integram essa mistura de diversidade e que já estão na empresa, para que reforcem o código de conduta de respeito ao próximo e para que encarem a inclusão de profissionais na equipe com um tratamento igualitário em todos os quesitos.

Um dos primeiros caminhos para essa transformação é o conhecimento dos colaboradores que compõem a empresa. Depois é necessário verificar como cada um, de acordo com o seu perfil, interesses e flexibilidade, se encaixa entre as diversidades a que se propõe. Para se chegar a isso é fundamental levantar as competências e os objetivos que compõem o indivíduo.

Um estudo realizado pela consultoria Mckinsey and Co em 12 países mostrou que as companhias que contemplam a diversidade como estrutura de organização conseguem ser mais lucrativas. A diversidade de gênero, por exemplo, confere às empresas que a possuem 21% mais chances de apresentar resultados acima da média do que organizações com menor diversidade.

A porta para a transformação de empresas para o ambiente da diversidade é o processo seletivo. Ao mesmo tempo que preparar a cultura dentro da empresa com base no grupo que já existe, escolher novos integrantes a partir do espírito da diversidade é o que acelera o processo e o que o faz se complementar no propósito de mudança, além de ser o que pode dar vigor a ele também.

Na pandemia, houve uma ampliação da diversidade nas empresas por conta dos processos seletivos digitais, já que o sistema avalia cada candidato de acordo com suas competências. Eles ainda têm o mérito de alcançarem um público maior e de apresentar resultados livres de preconceitos de qualquer espécie com perfis que tenham mais correspondência com a posição.

Mas a diversidade vai ganhar consolidação apenas quando empresas e lideranças reconhecerem o diferencial competitivo que as companhias nessa condição alcançam diante das demais. Quando mais executivos estiverem dispostos a abrir espaço para a diversidade e valorizarem colaboradores das suas equipes por meio desse viés, mais sucesso se terá no curto prazo.

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