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O que muda com início oficial da campanha
Data de Publicação: 25 de setembro de 2020 09:31:00 Apesar de já estar acontecendo na prática, regras mudam com o começo efetivo da corrida eleitoral a partir desde domingo.
SEM TEMPO? ENTÃO VEJA O RESUMO
Início oficial da campanha eleitoral está previsto para este domingo, dia 27. Regras mudam em razão disso e partidos e candidatos devem estar atentos a elas. Preocupação é com a adaptação ao novo cenário.
Falar em início oficial da campanha eleitoral a esta altura do campeonato parece piada, mas não é. O calendário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) marca domingo agora, dia 27, como data do início de fato da disputa pelas Prefeituras e Câmaras. Até agora o que houve não era válido porque não existiam candidatos.
É que as convenções partidárias escolheram os concorrentes em cada partido do dia 31 de agosto até o dia 16 de setembro e o registro desses nomes ocorre até este sábado, 26. Só a partir disso é que se terá de fato os candidatos oficiais para a disputa e efetivamente uma eleição municipal em curso em todo o país.
Mas não se trata apenas de uma data morta no calendário da corrida eleitoral: o início oficial traz mudanças. Essas alterações deverão ser respeitadas por todos os candidatos, sob pena de punição da Justiça Eleitoral, feita a partir de fiscalizações ou de denúncias dos adversários. A guerra está aberta definitivamente.
A primeira mudança determinada pelo TSE é que as reuniões presenciais devam ter o número de participantes definido de modo que a distância entre eles seja de um metro no mínimo. Os partidos devem evitar eventos com grande número de pessoas e, se realizados, eles devem ocorrer em espaços amplos e abertos.
Os candidatos estão proibidos de servir refeições ou realizar outros eventos que impeçam o uso de máscaras faciais e devem evitar a distribuição de material impresso de campanha. Essas duas medidas impactam diretamente as campanhas: cabos eleitorais precisam comer e os tradicionais “santinhos” são fundamentais.
Como não há uma proibição nos dois casos, mas uma recomendação para se evitar, ninguém deve deixar de fazê-lo, mas é importante observar situações que caracterizem abusos, pois estes podem e serão denunciados por adversários, sobretudo porque a Justiça Eleitoral não conseguirá fiscalizar tudo.
Outra área sobre a qual a fiscalização oficial terá muita dificuldade para acompanhar, devido ao número enorme de candidatos concorrentes, são as redes sociais. Além do excesso de candidaturas, o número de fiscais especializados nessa área é inversamente proporcional e insuficiente para atender a todos.
Só para se ter uma ideia do volume, as eleições municipais ocorrerão em 5.568 dos 5.570 municípios do país (apenas o Distrito Federal e a Ilha de Fernando de Noronha não têm eleição municipal) e cada partido pode indicar candidatos em número de até 150% sobre o total de vagas e as coligações em até 200%.
Afora a dificuldade para fiscalizar, há uma tendência muito grande de que nestas eleições haja um aprofundamento do processo vivenciado nas últimas eleições, principalmente em favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), das campanhas desleais, baseadas em distorções, fake news e maniqueísmos.
Nesse quadro, vão levar vantagem, sem sombra de dúvidas, os candidatos que já estão em cargos públicos, são conhecidos e que sabem operar as redes sociais. Se o candidato não tinha familiaridade com elas, dificilmente poderá tirar proveito delas agora, já que as redes exigem uma performance anterior.
Outro ponto decisivo será estar ou não do lado de Bolsonaro. As últimas pesquisas mostram que há uma divisão de opinião sobre ele, mas há inegavelmente um peso dele. Então ganha força a frase digna de todas as condenações feita pelo presidente: “Quem é de direita, toma cloroquina, quem é de esquerda, toma tubaína”.
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