Não desperdice nenhuma ideia nunca

7 de janeiro de 2021

Não desperdice nenhuma ideia nunca

Data de Publicação: 7 de janeiro de 2021 09:43:00 Muito do que pensamos flui repentinamente e desaparece da mesma forma da nossa memória: anote então para não perder.

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Que escritores, músicos e poetas costumam anotar pensamentos em qualquer espaço que encontram. Alguns anotam até no próprio corpo. Essa é uma forma de garantir grandes histórias. 

 

 

Já ouviu falar daquelas histórias de escritores, músicos e poetas que saem escrevendo em qualquer pedaço de papel que encontram pela frente quando têm uma ideia?

Isto é muito comum a quem se dedica ao mundo das letras.

O ex-presidente Michel Temer (MDB) escreveu o livro de poesias “Anônima Intimidade”, quando ainda era vice de Dilma Rousseff (PT), durante as viagens que fazia de avião entre Brasília e São Paulo e vice-versa.

E escreveu todos os poemas em guardanapos.

“Saía da arena árida da política legislativa e me entregava, durante os voos, aos pensamentos”, disse ele à Folha à época.

Guardanapo, folhinha, bloquinho, verso de talão de cheque, recibo, tudo vale na hora de registrar uma ideia e deve ser feito assim mesmo, porque ideias se perdem no ar.

Não desperdice nenhuma ideia nunca.

Uma grande ideia pode vir e ir com a mesma facilidade.

Há alguns que anotaram ideias até no próprio corpo.

Hoje já existe a possibilidade de anotar ainda no celular.

Mas nem sempre flui da mesma maneira que no papel.

A anotação é uma forma de conseguir melhorar a criatividade e o nosso potencial criativo, já que nos impressionamos com tudo que nos acontece e, muitas vezes, temos flashes de pensamentos que não voltam mais no minuto seguinte.

Então, surgiu alguma ideia mirabolante, não espere chegar em casa para escrever ou quando parar o carro.

A sua melhor história pode estar ali nesse momento.

É claro que não é adequado escrever enquanto se dirige, mas vale a pena fazer o registro, mesmo com o risco, se for aquela ideia e se não tiver como parar um minuto para isso.

Se tiver o pensamento brilhando de repente, pegue o que estiver disponível e faça um rascunho para não deixar escapar da memória e nem deixar o melhor que pensou se esvair.

Ser escritor é isso mesmo: ter uma bagunça de papeizinhos com anotações por aí, só esperando para virar histórias incríveis.

O poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto escrevia muitos papeizinhos com ideias que ia tendo.

Ele foi diplomata durante toda a vida e não tinha muito tempo de parar e escrever, mas nunca deixou de anotar nos papéis.

Depois se trancava em seu escritório e tentava desenvolver cada ideia. Rigoroso como sempre foi, alguns poemas nascidos dessa prática levavam anos para ficarem prontos.

Eu mesmo também sou adepto da prática dessas anotações.

É curioso que algumas frases que escrevi há dez, vinte anos, se encaixaram perfeitamente em trabalhos hoje.

Talvez seja uma forma de inspiração a prazo.

 

 

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Imagem da Galeria Papeizinhos já salvaram muitos escritores e geraram grandes obras
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