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Mulheres ampliam suas conquistas de espaço
Data de Publicação: 14 de dezembro de 2020 21:45:00 Principalmente na política, onde conseguiram um pequeno, mas significativo aumento de cadeiras legislativas e executivas.
SEM TEMPO? ENTÃO VEJA O RESUMO
Na política, elas conseguiram um pequeno, mas significativo aumento de cadeiras. Além das mulheres, as negras e as trans também chegaram lá. O problema é que machistas lançam mão de perseguições e ameaças.
Neste ano para esquecer, por conta da pandemia e dos efeitos danosos dela, as mulheres conseguiram ampliar as suas conquistas de espaço dentro de vários segmentos. O que mais chamou a atenção foi o político em virtude das eleições municipais, onde houve um pequeno, mas significativo aumento de eleitas.
Em relação à última eleição antes deste ano, o total de vereadoras eleitas subiu de 7.800 a 9.126 e o de prefeitas de 641 a 658. Entre as eleitas, 6,3% são negras. Casos das vereadoras Carol Dartora (PT), em Curitiba (PR), e Ana Lúcia Martins (PT), em Joinville (SC), e da prefeita de Bauru, Suéllen Rosim (Patriota).
Carol é a primeira negra a chegar ao cargo de vereadora na cidade paranaense e Ana Lúcia a primeira em Santa Catariana. Já Suéllen é a primeira negra a chegar ao mais alto posto em Bauru. Elas têm uma trajetória de luta em defesa da participação política feminina e da ampliação do ativismo da mulher negra.
Mas não foram só as mulheres e não foram só as negras que conseguiram ampliar os espaços. Em Belo Horizonte (MG), se elegeu este ano a primeira mulher trans para a Câmara de Vereadores. Duda Salabert (PDT) foi ainda a candidata mais votada da história da cidade com a conquista de 37.000 votos.
Em São Paulo, se elegeu a primeira mulher trans para a Câmara de Vereadores, mas com um detalhe a mais de vitória sobre o preconceito. Erika Hilton (PSOL) foi a primeira mulher trans negra a conquistar o cargo entre os parlamentares e de quebra a sexta candidata com maior votação na eleição deste ano.
As conquistas dessas mulheres dentro de uma cultura machista e patriarcal, como é a do Brasil, trouxe a elas uma rede de ataques na internet por atributos muito distantes da política. Os ataques foram por atributos físicos, que foram carregados por xingamentos racistas, trans fóbicos, machistas e misóginos.
Todas essas mulheres registraram boletins de ocorrência mostrando ameaças de morte de integrantes de maiorias machistas, brancas e homofóbicas. Elas ainda estão sendo perseguidas por esses agressores sem que o Poder Público com seu poder de polícia tenha barrado ou retirado das ruas esses cidadãos.
Esse tipo de perseguição não fica restrito à política. Neste ano assistimos ao desfecho da denúncia de assédio moral e sexual de Dani Calabresa contra o diretor do Núcleo de Humor da Rede Globo, Marcius Melhem. Apesar de demorar um ano e meio, as acusações levaram à demissão do agressor em agosto.
Felizmente não são só denúncias e perseguições. O ano serviu ainda para comemorar conquistas que não passam pelos mesmos ataques. Renata Silveira se tornou a primeira mulher a comandar as transmissões de futebol na Globo. Ela foi contratada para integrar a equipe de narrações esportivas da emissora.
Esse time já conta com comentaristas mulheres, como Nadine Bastos e Ana Thaís Matos, mas nunca teve uma narradora para fazer as transmissões das partidas de futebol. Essa novidade é da Globo e da televisão, um marco que merece ser festejado e que deve ser incentivado para que o futuro traga mais Renatas.
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