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Mal que Dória poderia ser evitado
Data de Publicação: 24 de abril de 2021 22:53:00 ARTIGO - O governador de São Paulo determinou o retorno presencial às aulas nas escolas estaduais e isto tem causado mais contaminações.
Para garantir aulas presenciais com segurança, o governo deveria dar melhores condições, além da vacinação.
O registro da ocorrência de pelo menos 14 novos casos de contaminação pela Covid-19 na Escola Estadual Irmã Maria Nazarena Correa, no Jardim São Judas Tadeu, em Salto, é o reflexo de um mal que poderia ter sido evitado. Primeiro, não retomando as aulas presenciais agora, já que a imensa maioria não foi vacinada, e segundo, porque não se deu à unidade equipamentos e condições necessárias de proteção contra a doença.
Na ausência dos equipamentos fundamentais ou na quantidade precisa, os profissionais vão se arrumando e acabam se expondo mais, até porque não se sabe ainda identificar exatamente onde está o vírus. Essas pessoas estão sendo punidas pela irresponsabilidade do governo do Estado ao determinar a realização de aulas presenciais sem oferecer a devida condição sanitária e a efetiva condição física de equipamentos.
É preciso ter em mente ainda que não se tem uma conscientização completa sobre os riscos e sobre os procedimentos necessários para se proteger contra a contaminação, em que pese toda a massificação das informações. Há pessoas que não admitem a doença e que não a concebem como real ainda hoje, infelizmente, e são essas as mais perigosas para a sociedade, pois elas disseminam o vírus em toda as suas possibilidades e não veem.
Quem paga agora a saúde desses profissionais que não foram priorizados para a imunização no tempo certo, até para que se pudesse retomar as aulas presenciais? O governo do Estado, que se preocupa apenas com a eleição do governador João Dória (PSDB) para presidente no ano que vem? O governo federal, que se preocupa apenas com a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no ano que vem? Não, senhores, ninguém pagará.
A vida é o bem mais inestimável que há. Nunca se deu tanta importância para isto, como agora, diante desses milhares de mortos e outros milhões de contaminados. A economia parou, os empregos sumiram e o prazer de viver foi embora, mas a vida ficou e dela podemos fazer o impossível. No entanto, aqueles contaminados e doentes podem não ter a mesma sorte. Por isto, o Poder Público precisa pensar longe das urnas, pensar nas pessoas, pensar na humanidade que há em cada rosto triste.
Tomara que a contaminação de pelo menos 14 pessoas na Escola Estadual Irmã Maria Nazarena Correa sirva de lição e não se continue com essa ação absurda de obrigar professores, funcionários e alunos a enfrentarem o vírus sem as devidas proteções. Estas passam pela vacinação e pelos equipamentos de sobrevivência à doença, como a máscara, o álcool gel e a capacidade de compreensão da importância de reconhecer que há uma doença matando pessoas e paralisando o mundo.
Ou as urnas terão de falar.
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Este artigo foi publicado na seção Opinião do jornal Taperá, de Salto, de 24/04/2021.
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