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Data de Publicação: 14 de janeiro de 2021 16:11:00 Autor em início da carreira não deve prescindir de uma análise crítica do seu livro antes da publicação para não cometer erros.
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Que a avaliação criteriosa do livro de autor que está iniciando na carreira é fundamental para que não passem erros muito comuns e que não são percebidos por quem escreve, ainda que seja bem atento.
Esta é uma pergunta que todo autor em início de carreira se deve fazer antes de dar por concluído o seu livro.
O trabalho do analista é observar aquilo que quem escreve não consegue perceber.
É natural que passem eventuais erros de português, por exemplo, mas isto não é o mais importante.
Se houver conteúdo bom, pequenos erros passam despercebidos ou são encarados como estilo.
Um dos maiores vendedores de livros do mundo de todos os tempos, Paulo Coelho, comete pequenos erros de português em seus livros, mas nunca nenhum de seus fãs deixou de comprar as suas histórias por isso.
E muitos deles nem aceitam que há erros.
Parceiro em composições musicais de Raul Seixas, Paulo Coelho gravou para sempre um erro, que é sucesso até hoje, na música “Eu nasci há 10 mil anos atrás”.
O erro é o pleonasmo da palavra “atrás” no final da frase, já que existe o verbo haver no início.
O verbo haver, na flexão como há, demonstra que se trata de um tempo decorrido no passado.
Torna, portanto, desnecessário uso da palavra “atrás”, como seria em “subir para cima” ou “descer para baixo”, erros que são muito comuns na linguagem oral.
Esse erro e vários outros cometidos por escritores famosos como Paulo Coelho são tidos como licença poética, ou seja, uma coisa perdoável em nome da sonoridade nesse caso da música e em nome da construção mais próxima do leitor em vários outros.
O mais crítico são os erros de furos da trama.
Uma história tem de bater para que o leitor entenda.
Não dá para um personagem matar outro e desaparecer da história sem nenhuma explicação ou o contrário: aparecer alguém que comete um crime e nunca se falou dele nem antes nem depois do assassinato.
Esse tipo de erro também passa despercebido pelo autor em início da carreira e é o consultor quem faz a checagem para evitar que a publicação saia desconexa.
A análise crítica é uma maneira de checar também se a história se sustenta. É preciso entender que não escrevemos um diário quando publicamos um livro.
No diário, o autor pode escrever coisas enigmáticas, códigos ou mesmo concepções que só ele entenda.
No livro não.
É preciso ter inteligibilidade.
Do contrário, o livro mofará na prateleira das livrarias.
Nenhum autor quer deixar de ser lido ou ser tratado como um escritor que ninguém entende.
Aliás, falando em Paulo Coelho, claro que ele tem conteúdo que agrada aos seus leitores, mas um de seus pontos fortes é a simplicidade das frases curtas e da linguagem comum, muito próxima da oralidade.
Autor que está começando deve seguir essa linha.
Depois que o sucesso vier e, se achar que deve, poderá adotar outro estilo ou rebuscar a sua escrita.
Antes não.
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