Governantes míopes fazem mal ao povo

20 de novembro de 2020

Governantes míopes fazem mal ao povo

Data de Publicação: 20 de novembro de 2020 12:00:00 Fazer política é levar melhores condições para o cidadão, condições de vida e de desenvolvimento econômico e social.

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SEM TEMPO? ENTÃO VEJA O RESUMO

Governos são para nortear o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida da população. Não para pensar na próxima eleição. As pessoas precisam ficar atentas a esse tipo de político, que faz mal ao povo.

 

 

Quando se critica a atuação de um presidente ou de um governador, como Jair Bolsonaro (sem partido) ou João Dória (PSDB), que estão mais preocupados com a próxima eleição que com qualquer outra coisa, não se faz um juízo da pessoa, mas da importância do cargo que ocupam e das suas responsabilidades.

A visão de um governante deve ser ampla e sem restrições, sobretudo de ordem política. Do contrário, essa autoridade não enxergará a importância dos setores menos visíveis. Esse erro comum e crasso tem feito o país andar para trás há anos. Mas isto não pode ser uma forma de caminhar para sempre.

O advento da pandemia trouxe para o mundo todo uma apreensão de imediato em relação à circulação de pessoas. Depois ela se ateve ao emprego. Por último, se fala nas perdas físicas de pessoas queridas, na destruição de lares por conta da infestação da doença. Não se falou ainda da crise da alimentação.

Mas o agravamento da exclusão com a pandemia e a insegurança alimentar farão com que 270 milhões de pessoas em todo o mundo morram de fome em um ano. Os números são do presidente do Comitê Norueguês do Prêmio Nobel, Berit Reiss-Andersen, e se baseiam no momento atual de várias nações.

Ele fez o alerta durante o anúncio do Prêmio Nobel da Paz, concedido neste ano ao Programa Mundial de Alimentos da ONU, justamente para chamar a atenção do mundo ao problema. O programa atendeu só no ano passado 97 milhões de pessoas e dois terços do trabalho aconteceu em regiões em conflito.

É notória a importância desse programa, principalmente por conta dessa atuação em áreas de guerras, pois as pessoas nesses locais são três vezes mais suscetíveis a ficarem subnutridas do que aquelas que vivem em países onde não há disputas bélicas, e também porque o programa concentra ajudas diversas.

Entre essas contribuições estão as de inúmeros homens e mulheres do meio rural brasileiro, inclusive pequenos e médios produtores, que se colocam na linha de frente na guerra contra a Covid-19, enfrentando os riscos da pandemia para que milhões de pessoas possam alimentar-se graças ao programa da ONU.

É nessa parte que entram os governos, que poderiam ajudar quem ajuda evitando elevações de impostos como as previstas na reforma tributária, reduzindo taxas de juros dos créditos agrícolas e ampliando a subvenções ao seguro rural como verdadeiros indutores do desenvolvimento e da melhoria da qualidade de vida.

A Covid-19 não acabou, ainda que a política negacionista invista nessa tese, e o pior: está crescendo novamente. Além de todas as perdas já observadas de pessoas queridas, de empregos, da economia como um todo e da possibilidade de circulação de pessoas, vem aí a crise da alimentação para todo o mundo.

Que os governantes, eleitos pelo povo para representá-lo dignamente, se lembrem que essa população precisa de um mínimo de atenção que vai além do voto. Não se pede muito: apenas consciência e pensamento no coletivo, que, se ocorrerem, já mudarão sensivelmente a vida de cada um dos cidadãos.

 

 

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De segunda a sexta-feira tem um artigo novo neste espaço sobre política, economia ou negócios.

Imagem da Galeria Pandemia ameaça a alimentação mundial depois da contaminação
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