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Ficção ajuda na formação de líderes
Data de Publicação: 3 de dezembro de 2021 22:12:00 LIÇÕES - Produção indiana para o cinema traz vários modelos de liderança que podem ser aproveitados como exemplos.
Lições do filme "Chamada Explosiva" são interessantes para quem vai comandar equipes e viver situações difíceis.
Se você quer ser um líder, assista ao filme indiano “Chamada Explosiva”, que chegou à Netflix em novembro último.
Assinado por Ram Madhvani, o roteiro coloca à prova lideranças que precisam umas das outras e que têm de se entender para chegar a um bom resultado.
Não existe melhor lição que a da convivência entre líderes e liderados.
Esta é a primeira que o filme proporciona.
A arrogância desses líderes é um dos aspectos mais negativos notados na produção e que não deve ser seguida.
Sob o pano de fundo da vingança de um ex operário de uma ponte, que quer um pedido de desculpas do ministro, o roteiro mostra a trajetória de um ex âncora de tevê acusado de receber suborno, que é punido com a volta compulsória a ser locutor de rádio, onde ele havia começado.
Deveria ser humilde pelo que passou, mas ele não é. Ele grita com todo mundo e dá ordens sem pensar nas consequências.
Quando recebe a ligação do ex operário, que diz que vai explodir a ponte onde trabalhou se o ministro não aparecer e pedir desculpas, o ex âncora o trata mal e o ofende, o que desagrega e afasta.
Essa lição não é a que os líderes devem aprender, sobretudo porque o jornalista colocou o nome da emissora onde trabalha em risco e expôs a sua direção.
O segundo aprendizado do filme é sobre como tratar os seus subordinados e as pessoas que procuram a sua empresa.
Como ele tratou mal o ex operário, este se vinga mostrando a gravação da conversa.
A partir desse momento, o ex âncora começa a ficar preocupado com o ex operário, mas ainda não acredita que ele possa explodir a ponte de fato.
Ao demonstrar a sua incredulidade, o ex operário explode parte da ponte.
Imediatamente, o jornalista vê nessa ligação a possibilidade de voltar ao comando do programa de tevê e negocia de forma suja e individualista o seu retorno.
A sua chefe imediata é outra arrogante.
Ela aceita a pressão e compra os direitos de exclusividade da história, transferindo o pagamento para a conta do ex operário.
Novo aprendizado: como tratar as promoções dentro de uma empresa e o que está em jogo quando se paga por algo pelo qual não existem garantias.
As coisas saem do controle quando o ministro não vem pedir desculpas. Em seu lugar vem um ministro-adjunto, outro arrogante, que acaba morto pelo ex operário.
A partir daí o ex âncora se torna alvo do ex operário, porque ele recebe sem saber um ponto eletrônico com uma bomba.
Se contar a alguém ou tentar tirar, sua cabeça explodirá. Na tentativa de evitar o pior, o ex âncora se torna uma pessoa melhor e passa a ajudar o ex operário.
Enfrenta a resistência da sua chefe e de um policial que quer comandar as ações.
Insatisfeita com as ações do ex âncora, a sua chefe passa informações confidenciais para outra emissora e esta interroga o ex âncora no ar, deixando a sua situação mais difícil, mas ele não pode fazer nada por causa da bomba na orelha e porque sua mulher, também jornalista, está na ponte semidestruída e pode morrer lá.
Nesse ponto entra em cena a liderança que tem de vencer desafios e tomar decisões importantes que afetam a própria carne.
O roteirista dá um show com uma série de viradas surpreendentes que tornam o ex âncora um mocinho para o filme em um momento e em um vilão em outro.
Dá para ver claramente a importância do discurso, o comprometimento com os resultados e o envolvimento na causa comum como principais pontos da informação.
Se você não assistiu, vale a pena ver e tirar as lições dessa história para a sua liderança.
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