Quando estamos dispostos a conhecer e entender melhor as diferenças, conseguimos conviver com mais facilidade. Dessa forma, o autor pode ampliar a sua produção em visões, conceitos e experiências.

É de bom tom evitar o preconceito, seja ele de que tipo for, em quaisquer situações da vida, mas fundamentalmente na hora de escrever. Não porque não seja politicamente correto ser preconceituoso ou para se dar bem com as pessoas, mas porque o preconceito é uma maneira enviesada de ver a realidade.

A razão é muito simples: você não pode achar que está certo só o que faz ou o que é. O mundo contempla bilhões de seres humanos totalmente diferentes de você, que fazem coisas diferentes. Quer você queira ou não, essas pessoas não vão deixar de existir por sua causa ou por achar que deveriam ser iguais a você.

Na hora de escrever, contemple todos os tipos e todas as histórias que o mundo concebe. Não deixe de falar deste ou daquele tipo de pessoa por não gostar ou por achar que deveria ser igual a você. Essas diferenças enriquecem o seu material final e ainda te permitem ter uma visão da vida que é mais honesta com a realidade.

Abordar assuntos, contar histórias, criar personagens que são estereotipados na sociedade por serem diferentes não pode ser um veículo para que o escritor despeje a sua inquietação preconceituosa com nenhuma pessoa, segmento ou situação, pois do contrário ele será solenemente ignorado.

É claro que retratar o que a sociedade produz em termos de preconceito é natural, mas o escritor tem o papel fundamental de criar conceitos e estabelecer paradigmas. Todas as mensagens que criamos ficam para a eternidade e seremos lembrados por frases ou pensamentos que nos expressem.

Portanto, use a ferramenta de que dispõe, a escrita criativa, para produzir histórias que tragam saídas para o preconceito. Nós, os autores, podemos criar personagens e destinos diferentes da realidade: então, podemos mudar histórias de preconceitos passando ao leitor uma forma diferente de ver as coisas.

Outro preconceito que deve ser evitado na hora de escrever é o de ler. Há muitos escritores que só leem histórias da sua área de atuação. Se escrevem romances, não leem aventuras, terror, suspense. Também não procuram conhecer autores que exploram essas áreas com maestria por terem se especializado.

Essa é uma atitude contraproducente, pois cada área, ainda que não seja da nossa preferência traz material para o nosso enriquecimento como autores e podem melhorar o nosso vocabulário, dar mais vida ao texto e mostrar ao leitor conhecimento. A quem lê é fundamental saber que o autor sabe mais.

O grande Stephen king orienta que o autor deve se concentrar na sua área de atuação na hora de escrever. Ok, isto é se dedicar aquilo onde vai melhor. Como ele, que fez carreira no terror e no sobrenatural, nada mais lógico do que não se aventurar em outras áreas para fazer melhor a que escolheu primeiramente.

Mas leve em conta que é possível aprender muito com a leitura de outras áreas. Não para escrever nelas, mas para saber como fazem, que soluções se aplicam. Use isto para a vida. Quando conhece várias áreas sem preconceito, sua capacidade se amplia e sua resposta aos leitores também. Pense nisso ao escrever.

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