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Estado falha no atendimento à mulher
Data de Publicação: 14 de novembro de 2020 20:20:00 Governo oferece cada vez menos oportunidades de proteção e de assistência para as mulheres vítimas de violência.
SEM TEMPO? ENTÃO VEJA O RESUMO
Governo vem retirando ao longo do tempo instrumentos de proteção da mulher vítima de violência. João Dória (PSDB) deveria ter vergonha de falar em segurança pública para cidades do interior.
Não é à toa que um sujeito de 45 anos matou a ex-mulher e uma vizinha a tiros e depois se matou em Salto, no final de setembro, mesmo a ex-mulher tendo medida protetiva contra ele. O governo do Estado não dá a assistência necessária para as mulheres vítimas de violência e não investe na Polícia Civil para impedir casos assim.
Hoje, se qualquer indivíduo quiser atacar a sua companheira e ela não tiver a ajuda de ninguém da sua família e ou de vizinhos, ela será agredida e até morta como ocorreu com a ex-mulher do sujeito que atirou nela e que matou a vizinha na frente de dois filhos dela e saiu andando calmamente como se nada tivesse acontecido.
O governador João Dória (PSDB) deveria ter vergonha de falar em segurança pública para Salto. Ele simplesmente abandonou a Polícia Civil. A cada dia essa força policial vai encolhendo em homens e equipamentos: os distritos foram fechados e não há mais plantão noturno e nem plantão de fim de semana e feriados.
Afora o desleixo com a Polícia Civil, que não recebe reforços de efetivo, nem de equipamentos, o governo do Estado trata Salto como um apêndice de Itu. João Dória manda que os boletins de ocorrências locais sejam feitos na cidade vizinha e a delegada da Mulher responde pelas duas cidades ao mesmo tempo.
Para se ter uma ideia da demanda represada por conta desse abandono do governo do Estado, neste ano o número de registros de ocorrências de casos de violência contra a mulher triplicou. Isto ocorreu porque a delegada da Mulher de Itu passou a atender as vítimas de Salto, dividindo o seu tempo de atuação.
Em 2019, quando não existia nenhuma delegada da Mulher atendendo na cidade e os delegados eram obrigados a se revezar nas investigações, houve 144 inquéritos instaurados. Com a vinda da delegada, ainda que dividida com Itu como está sendo, o número de inquéritos instaurados saltou para 460 até setembro.
Portanto, o governo do Estado precisa parar de brincar que dá segurança para a cidade e precisa começar a transformar essa situação. O morador de Salto merece ter um atendimento à altura e as mulheres vítimas de violência precisam de um lugar para ficar quando são agredidas e o companheiro continua na casa.
As autoridades têm de cobrar.
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Este artigo foi publicado na seção Opinião do jornal Taperá de 13/11/2020
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