Escritor tem de ter disciplina e persistência

5 de janeiro de 2021

Escritor tem de ter disciplina e persistência

Data de Publicação: 5 de janeiro de 2021 20:58:00 Do contrário, não chegará ao sucesso, porque escrever exige dedicação, constância e um mínimo, mínimo mesmo, de organização.

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Que essas qualidades garantem estrutura para se escrever bem e que permitem uma passagem mais tranquila pelos principais obstáculos para soltar a inspiração e colocar as ideias no papel.

 

 

Já falamos aqui que escrever bem não é fruto de um dom, mas de um aprendizado e que qualquer pessoa pode chegar lá. Para que isto se concretize é necessário que o candidato a escritor tenha disciplina e persistência. As duas qualidades são fundamentais para vencer os principais obstáculos da carreira.

Quem nunca teve um branco na inspiração? De repente não sai nada de bom ou que o autor considere publicável. Esse bloqueio ocorre por três razões principais. A primeira delas é a falta de material com o qual se possa trabalhar, a segunda são as críticas dos outros e a terceira é a falta de prática da atividade.

Para vencer o bloqueio, seja por quaisquer das razões apontadas acima, é necessário que se tenha disciplina. O que significa isto? Significa se organizar para derrotar cada obstáculo. O ponto de partida é criar um espaço onde o candidato a escritor possa desenvolver o seu trabalho. Não existe escritor sem um canto.

Pode ser o escritório da casa, pode ser uma parte do quarto ou uma passagem da sala. Não importa, mas esse lugar tem de estar arrumado para receber o escritor todos os dias. Tem uma escritora famosa que escrevia todos os dias no banheiro da casa sentada no vaso sanitário e fazia isto de madrugada. Pode ser também.

O fundamental é ter um espaço e ter um horário, uma rotina. Se predisponha a escrever de tal hora a tal hora todos os dias. Mesmo que se sente lá e não venha nenhuma inspiração, fique no espaço e procure escrever o que puder nesse tempo. Essa iniciativa criará um hábito que servirá para não desistir de escrever.

Essa história de criar hábito foi explorada pelo escritor Mário Prata em 2000. Naquele ano ele escreveu o livro “Os Anjos de Badaró”, que publicou pela Editora Objetiva, escrevendo diariamente entre 19h e 20h e com a câmera aberta para os leitores. O livro foi escrito com a participação de quem assistia.

A ideia foi mostrar que o escritor precisa ter um canto e precisa ter uma rotina, um hábito de escrever. É essa disciplina aliada à persistência de continuar mesmo com críticas, mesmo sem inspiração, mesmo não sendo publicado, que faz a obra sair. Ninguém nasceu sendo recordista de vendas de livro.

Por que é importante resistir? Porque é isto que leva ao sucesso. Do contrário, desistiríamos de tudo na vida. Pense quando começou a andar. Levantou-se, deu alguns passos e caiu. Levantou-se de novo, deu passos mais rápidos e caiu. E isto continuou até o dia em que não caiu mais. Hoje você anda.

Escrever é assim também. Vai escrever coisas que ninguém publicaria e que nem sua mãe vai achar bom. Mas em outro dia o material conseguido será melhor. Lembre-se sempre do que foi dito no artigo anterior: para escrever bem é preciso ler.  Não só ler, mas ler bons autores e tirar deles sempre o que têm de melhor.

A busca pela matéria-prima para se fazer bancos de madeira é onde? Em uma marcenaria. A busca pela matéria-prima para as suas histórias é nos livros, nas histórias já publicadas. Não é porque alguém já escreveu a história que você gostaria de escrever que ela se tornou inviável. Faça do seu jeito e dê uma nova cara a ela.

Fundamentalmente, escrever é falar de sentimentos. Falar daquilo que o personagem sente, daquilo que ele faz os outros sentirem, daquilo que os outros sentem por ele, daquilo que o sentimento coletivo promove no lugar. Ou seja, é a manifestação dos sentidos, do que emociona, inspira e conduz o leitor.

 

 

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Imagem da Galeria Escrever é um ato solitário que une o coração do escritor com o leitor
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