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Que existem técnicas que podem transformar uma redação comum em um texto atraente, capaz de prender e levar à leitura integral, e o melhor de tudo: qualquer um pode chegar lá. 

Quem nunca ouviu que fulano tem o dom, por que escreve maravilhosamente bem? Nasceu com ele. O pai já escrevia bem e o filho segue pelo mesmo caminho. Filho de peixe, peixinho é. Nada mais irreal. Ninguém nasce sabendo escrever bem. Nem se tem uma boa redação pelo fato de seu pai ser um escritor.

Tudo nesta vida se aprende e escrever é uma delas. Mas não basta saber escrever corretamente. Escrever bem vai além da gramática. Ao menos se o leitor objetiva ganhar dinheiro escrevendo. Se pensa em ser um escritor, precisa desenvolver uma habilidade fundamental: cativar quem lê para que continue.

Um conselho importantíssimo é ler. Quem não lê, não escreve. Mas leia bons autores. Quem não lê bons autores, não escreverá bem. Não só isso: veja filmes, séries, documentários. Cada material te dará um cabedal de informações inestimável. Leia e veja com olhos de escritor, não de leitor. Precisa ver as soluções achadas.

Analise como o autor apresentou o conflito, como o desenvolveu e como o resolveu. Que técnicas utilizou? Se coloque no lugar dele. O que você faria se estivesse escrevendo aquela história? Você teria um outro final? Começaria de outra forma? Que personagens incluiria e quais tiraria? Tudo isto ajuda muito a escrever bem.

Na escola se aprende que um texto deve ser dividido em três partes: o começo, o meio e o fim. As redações que escrevemos a partir desse conceito são um relato enfadonho na maioria das vezes. Isto é o básico de toda a construção da escrita. É claro que tem de ter introdução, desenvolvimento e conclusão. Mas não só.

É como se mal comparássemos com a construção de uma casa. Todas as casas precisam ter uma fundação, que as sustentará; paredes, portas e janelas, que darão a habitabilidade a elas; e um telhado, para proteger tudo. Mas temos casas muito elegantes, outras bem simples, outras ainda muito criativas e marcantes.

Com o texto do escritor é a mesma coisa: podemos fazer o básico e teremos uma história, mas, se incluirmos alguns detalhes que o tornem mais interessante, mais surpreendente, mais vivo, ele será apreciado por mais gente e conquistará mais leitores, sem dúvida nenhuma. É isto o que representará ganhos financeiros ao final.

O segredo para despertar o interesse do leitor é provocar o seu sentimento. O texto que atrai a leitura é o que emociona, o que faz o leitor tomar partido, o que provoca nele sentimentos que estão guardados, que nunca foram revelados, que o definem como pessoa na sociedade ou então sentimentos dos quais ele foge.

Alguém poderá pensar que, sob esse aspecto, o tema tratado precisará de uma escolha a contento conforme o objetivo que se tem com o texto. Mas não se prenda a isso. É possível garantir a leitura com qualquer tema. Os sentimentos estão em todos os temas. A diferença é que serão mais ou menos enfatizados.

Mas como emocionar com um texto? Simples: enriqueça-o com detalhes, sobretudo os detalhes que descrevem o que os sentidos observam. Se falo de um personagem que encontra um cadáver, dizer que o cheiro entrava pelas narinas queimando e que causava ânsia, faz o leitor sentir o que se sentiria naquela situação.

Dessa forma, alcançamos a identificação. Ela vai acontecer sempre que os sentidos forem descritos. Também quando se tem um diálogo psicológico, como se o personagem pensasse o tempo todo no que faria ou em como se sentiria. E, fundamentalmente, a identificação aparecerá quando for algo que o leitor viveu.

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