Eleitor abre mão do direito de escolha

27 de novembro de 2020

Eleitor abre mão do direito de escolha

Data de Publicação: 27 de novembro de 2020 14:55:00 Pesquisa revela a total falta de preocupação de eleitores que acabaram de votar no último dia 15 de novembro com o futuro.

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SEM TEMPO? ENTÃO VEJA O RESUMO

Levantamento mostra que o eleitor que não se preocupa com as escolhas que faz pode ser conduzido para qualquer lugar. O voto é um direito do cidadão que precisa ser exercido com respeito e com interesse.

 

 

Pesquisa realizada em parceria entre o Grupo Bandeirantes e a PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360, revelou que 12% dos eleitores entrevistados não se lembram em quem votaram para prefeito no último dia 15 e 13% não se lembram em quem votaram para vereador no mesmo pleito.

Os 12% de esquecidos correspondem a 13,5 milhões de pessoas e os 13% a 14,6 milhões de pessoas, contingentes que são significativos não só por corresponderam a números expressivos, mas por representarem eleitores de todo o Brasil divididos entre homens e mulheres dentro da paridade de representação.

Os dados para o levantamento foram coletados entre os dias 23 e 25 de novembro por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Os entrevistadores ligaram para 2.500 pessoas em 479 municípios, nas 27 unidades da Federação, sempre ouvindo conforme sexo, idade, renda, escolaridade e localização.

A margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais e para chegar às 2.500 entrevistas que preenchessem proporcionalmente os grupos, os entrevistadores fizeram dezenas de milhares de telefonemas, mais de 100 mil ligações até que fossem encontrados os entrevistados representativos.

A pesquisa mostrou que os que menos lembram em quem votaram para prefeito e vereador são essencialmente: homens; pessoas com idades entre 16 e 24 anos; cidadãos que têm só o ensino fundamental concluído; são moradores do Centro-Oeste; e estão atualmente desempregados e sem renda fixa.

Esse descompromisso com a escolha que fizeram chama a atenção, pois demonstra um alheamento do destino que terão. Não é à toa que essas pessoas que se esqueceram não têm emprego nem renda fixa e tampouco têm alguma formação. Afinal, estão mostrando que aceitam qualquer coisa de qualquer lado.

São pessoas que acompanham o movimento, seguem o que falarem e viverão do que puder ou do que sobrar para elas. É absurdo que alguém escolha outra pessoa para representá-lo e não se dê ao trabalho de verificar quem é essa pessoa. Não se dê ao trabalho de guardar quem é para poder cobrar depois.

Esse alheamento pode ser estendido ainda para o grande número de eleitores que deixou de votar. Por causa da pandemia de covid-19, a abstenção no 1º turno chegou a 26,64% nas grandes cidades e a 23,14% no país todo. Esse é um dos maiores patamares dos últimos anos e é um número que se repetirá neste domingo.

É claro que a pandemia afastou muita gente das urnas e as pessoas não deveriam mesmo se arriscar a votar se não estivessem bem ou se se sentissem inseguras.  Mas muito do que se viu foi uma decisão de não votar em muitos casos muito mais pela facilidade de justificar pelo E-título que por outra coisa.

Se o cidadão não assume o compromisso de escolher e de escolher alguém que o represente realmente, esse cidadão está abrindo mão de reivindicar uma vida melhor. Está entregando a sua sorte a qualquer um que queira decidir o que fazer e isto significa que não sairá do lugar nos próximos quatro anos.

Ou andará para trás, infelizmente.

 

 

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De segunda a sexta-feira tem um artigo novo neste espaço sobre política, economia ou negócios.

Imagem da Galeria Eleitor deve escolher com critério candidato que o representará
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