Descubra a fórmula para ter uma boa história

26 de março de 2021

Descubra a fórmula para ter uma boa história

Data de Publicação: 26 de março de 2021 14:43:00 PAPO COM O ESCRITOR - Na nossa conversa de hoje, passo dicas de como construir protagonista e antagonista fortes para a sua trama.

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Definir e estruturar bem protagonistas e antagonistas e o conflito entre eles é o que constitui basicamente o segredo do sucesso.

 

 

Escrever uma boa história de ficção exige basicamente dois ingredientes fundamentais: um protagonista, que deseja alguma coisa e que vai lutar por isso até o fim, e um antagonista, que vai tentar impedir que o primeiro consiga o seu objetivo.

A história vai se desenrolar a partir desse conflito.

O restante é circunstancial, complementar e reforçador.

Uma boa história pode se desenrolar apenas com esses dois personagens bem definidos e bem estruturados.

Mas, é claro, que é possível e deve ser adotado colocar mais gente nessa disputa, afinal é isto que vai dar a cor da história.

Se o escritor for criar uma história de amor, terá, necessariamente, de colocar uma paixão para o protagonista ou até mesmo transformar a união dos dois como algo que ele, protagonista, vai buscar até o final da história.

Se a escolha for por uma história de aventura, o escritor terá de incluir um parceiro ou parceira de jornada para o protagonista, com quem ele dividirá as dificuldades e os planos para vencê-las.

Do mesmo modo, amores e parceiros ou parceiras são incluídos do lado oposto, o do antagonista, para também ajudarem no desenrolar da história, na solução propriamente do conflito.

Enfim, dependendo do tipo de história que se vai contar, serão adicionados novos personagens e novos conflitos.

Voltando ao protagonista e ao antagonista, eles são fundamentais porque a história parte deles, mas eles não precisam ser, necessariamente, dois personagens apenas.

O protagonista e o antagonista podem ser vários personagens.

Nesse caso eles são chamados de múltiplos.

Por exemplo, na história “Procurando Nemo”, o antagonista eram os perigos da vida marinha e o medo de Marlin do mar, o que era fundamentado por meio de uma experiência traumática que ele viveu no passado e que não conseguiu superar.

O protagonista e o antagonista podem ser conscientes e inconscientes. Por exemplo, um protagonista quer atingir um determinado objetivo, mas ele não age como alguém que quisesse. Neste caso, o antagonista é ele próprio, porque o seu modo de agir impede que o seu desejo consciente seja realizado.

Existe ainda o protagonista ativo e passivo.

Muito comuns nas histórias de super-heróis, os protagonistas ativos são aqueles que enfrentam os adversários o tempo todo.

Quando são passivos, comuns nas histórias que envolvem dramas psicológicos, os protagonistas não enfrentam os seus antagonistas: em vez disso, esperam para ver como a situação ficará e só aí é que eles acabam fazendo alguma coisa.

Esse é o trabalho inicial do escritor: defini-los.

Depois de definir o tipo de protagonista e de antagonista, o escritor precisa verificar se eles mudarão ao longo da história.

Quer dizer, o protagonista pode fazer algo errado e que cria o conflito que ele tem de enfrentar e depois ele pode concluir que errava e que não vai mais errar, mudando o seu comportamento.

A mesma situação se dá com o antagonista.

Se o protagonista ou antagonista não mudarem ao longo da história eles são chamados também de planos ou lineares.

Esses são os mais comuns e mais fáceis de fazer.

Os complicados são os protagonistas e antagonistas redondos ou densos, pois estes apresentam mudanças ao longo da história e muitas vezes essas mudanças são mais de uma e contraditórias.

Por exemplo, na história do super-herói “Homem de Ferro”, o personagem salva o mundo, mas ele é também um playboy arrogante e imaturo que se mete em confusões por isso.

Uma última dica: independentemente da história que vá contar, o escritor precisa pensar que o protagonista e o antagonista devem ter identidade com a realidade dos leitores para quem a história está sendo escrita, para que possam gerar empatia.

Não adianta nada você criar personagens fabulosos que não tenham nada a ver com o público, pois estarão fadados ao fracasso.

 

 

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Imagem da Galeria Conflitos entre protagonistas e antagonistas são a marca das histórias
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