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Denúncia contra hospital exige apuração
Data de Publicação: 27 de fevereiro de 2021 23:57:00 Enfermeiras afirmam que faltam luvas, agulhas, seringas e outros materiais básicos no hospital municipal de Salto.
É urgente que Prefeitura, Câmara e Ministério Público de Salto investiguem informação de enfermeiras que dizem faltar material para o atendimento básico no hospital municipal de Salto e que mortes registradas na UTI poderiam ser evitadas.
As denúncias de duas profissionais da área de enfermagem do Hospital Municipal Nossa Senhora do Monte Serrat, em Salto, contra a atual gestora, o Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento da Administração Hospitalar, de que faltam equipamentos básicos para o trabalho, precisa ser apurada com urgência, tanto pela Prefeitura, responsável pela contratação, quanto pela Câmara e pelo Ministério Público, que devem fiscalizar.
Não se pode admitir que a gestora inviabilize o trabalho dos profissionais em nenhuma hipótese, sobretudo agora em que se vive uma pandemia, quando se necessita ainda mais de cuidados preventivos para os profissionais exercerem as suas atividades (faltar luvas, seringas e agulhas é o fim) e intensivos aos pacientes (as enfermeiras disseram à reportagem de Taperá que se perderam sete vidas na UTI em um único dia devido aos problemas).
Além de necessária por si só, essa investigação precisa ocorrer para se afastar o caos criado a partir de possíveis generalizações ou imposições de culpa, que nem sempre se aplicam, mas que ganham volumes absurdos quando se trata de saúde pública, como é o caso das mortes na UTI, já que levar a situação a um ponto que pode culminar até com o afastamento sumário da gestora é uma atitude que mais atrapalha que ajuda neste momento.
Há que se levar em conta a existência de uma pandemia em curso, a qual tem levado diversos pacientes a óbito por complicações da doença e devido às suas próprias debilidades orgânicas. Outro aspecto é o provável descontentamento dos profissionais contratados pela gestora, que podem ser oriundos também da questão salarial e administrativa. Esta é um direito a ser reivindicado, sem dúvida, mas ganha outra importância e promove consequências mais drásticas se misturadas àquelas.
As denúncias são graves e exigem apuração urgente e meticulosa sim. Apesar disso, só se deve condenar ao final da investigação e se comprovadas as responsabilidades todas. É mais adequado agora corrigir falhas do que partir para um processo de contratação de uma nova gestora do zero, dada a demora nas licitações e a dificuldade de se gerir um hospital. É possível e aceitável a substituição, mas ela precisa ser feita com agenda.
O caos não é bom.
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Este artigo foi publicado na seção Opinião do jornal Taperá, de Salto, de 27/02/2021.
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