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Decisões levam mais prejuízos à saúde
Data de Publicação: 1 de maio de 2021 22:27:00 ARTIGO - A troca de gestão no hospital municipal em Salto provocou descompasso nos pagamentos dos servidores e isto atrapalha a todos.
O fato de a administração municipal de Salto ter trocado de cara a gestora do hospital trouxe mais problemas que soluções.
É lamentável a situação vivida pelos trabalhadores da saúde que não receberam seus direitos trabalhistas da antiga gestora do Hospital Municipal Nossa Senhora do Monte Serrat, em Salto, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Administração Hospitalar, dispensada pelo atual governo do município.
A Prefeitura tem dito que fará a retenção de recursos que ainda devem ser pagos ao instituto e que utilizará esse dinheiro para quitar os débitos com os trabalhadores. É uma medida positiva diante da situação, mas não se sabe ainda se será possível, tendo em vista que os compromissos com os trabalhadores são à parte.
Quem contrata as pessoas que vão fazer o atendimento é a gestora e a Prefeitura, por sua vez, admite os serviços desta gestora, não podendo interferir na relação dela com aqueles. A antiga gestora certamente procurará os seus direitos de receber o que falta, independentemente do que o governo quer fazer.
A questão é que tudo isto poderia ter sido evitado, se não se partisse para o rompimento do compromisso como primeira opção, já que o contrato prevê uma série de outras ações antes. Alguns irão dizer que a gestora não atuava corretamente, mas havia e há em todos os contratos formas de obrigá-la a se corrigir.
Partir para o rompimento sumariamente sem tentar antes resolver os problemas com calma, prejudica não só os funcionários que não receberam, mas toda a população que depende do hospital, porque são essas pessoas que prestavam o atendimento e que poderão vir a prestar novamente com a nova gestora.
É preciso muita cautela quando o assunto trata de saúde, sobretudo em uma época de pandemia como agora. O que se tem neste momento é uma nova gestora totalmente desambientada com a nossa realidade, funcionários descontentes e receosos de que tudo mude da noite ao dia. E a pandemia continua, senhores.
A administração municipal, como todas as administrações em todos os níveis de poder, tem muita dificuldade para se locomover por conta das amarras legais. Uma licitação demora de três a seis meses se tudo correr bem. Enfim, por isso mesmo, decisões devem levar em conta o quanto de prejuízo trazem e não foi o caso aqui.
Perdemos todos.
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Este artigo foi publicado na seção Opinião do jornal Taperá, de Salto, de 01/05/2021.
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