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Como vencer a autossabotagem
Data de Publicação: 14 de junho de 2021 00:06:00 Ser escritor é uma profissão como outra qualquer, por isso ninguém deve ter receio de dizer e nem de exercer essa atividade.
Se você é um escritor, deve dizer isto sem receio de comparação com os grandes nomes da nossa literatura.
Desde moleque eu queria ser escritor.
Admirava o talento e a desenvoltura que os grandes nomes da área tinham e queria ser como eles, porque sempre tive uma imaginação muito fértil, muito presente, muito extensa.
Mas a vida me levou para o jornalismo.
Talvez você diga que também é na área. Jornalista escreve até mais que um escritor, considerando que escreve todo dia e, dependendo do veículo, escreve longas reportagens, que, somadas, dão mais que livro.
Não é bem assim.
Um capítulo de novela tem em média 1.800 linhas, o que sustenta 60 minutos no ar.
Quando trabalhei na Gazeta Mercantil, escrevia 600 linhas por dia em média. Ou seja, escrevia um terço de um capítulo de novela.
Hoje, os jornais não têm mais textos tão grandes. Portanto, jornalistas não escrevem mais que escritores. Mesmo assim, escrevem bastante. A diferença é o tipo de redação que fazem e o tipo de assunto que abordam.
No jornalismo, fazemos essencialmente uma narração dos fatos, embora haja também descrição e dissertação, mas não fazemos literatura, ainda que vários textos sejam mais literários que jornalísticos pelo tema.
Outra questão fundamental é que o jornalismo deve retratar fatos reais. Já a literatura pode se valer de fatos criados.
Trabalhei como jornalista por 40 anos.
Mas sempre escrevia literariamente, participando de concursos e divulgando para pessoas próximas, que gostavam.
Quando alguém me perguntava se era escritor, eu dizia que era jornalista e me aventurava a escrever literatura.
Conheço muita gente que age da mesma maneira e a razão é a mesma: como eu admirava os grandes nomes da literatura, não me colocava nem perto deles. Assim, não poderia me considerar um escritor.
Uma grande bobagem.
Ninguém nunca nasceu um grande escritor.
Ser escritor exige o mesmo empenho que outras profissões também exigem: dedicação, esforço, preparação, desenvolvimento.
Mas é possível a qualquer um chegar a ser um escritor de sucesso e vender muitos livros.
Então, o primeiro passo para evitar a autossabotagem é assumir-se como escritor.
Não é vergonha e nem deve causar receio.
O que vai fazer você se tornar um escritor de sucesso e vender muitos livros é a forma como vai encarar essa carreira e como vai trabalhar por ela depois da decisão de se tornar escritor.
O segundo passo é se esmerar para ser.
Não há escritores que não leiam, mas não é ler eventualmente. Para ser escritor, é preciso ler todos os dias e escrever também.
Quando você lê, abre um leque de informações que o ajudam na escrita e escrevendo você passa por cima das dificuldades e adquire um hábito.
O terceiro passo é mostrar os seus trabalhos para o maior número de pessoas. Você terá o retorno dessas pessoas, tratando as suas histórias da forma como elas as recebem. Isto constitui consciência crítica.
Para terminar, o escritor deve divulgar que é escritor em todas as possiblidades que houver. Se tem redes sociais, deve informar que é escritor. Se tem um site ou um escritório, deve colocar lá que é escritor e se apresentar sempre que for a algum lugar ou questionado como escritor, para que isto seja consolidado.
Ser escritor é uma profissão.
Se você quer ser, faça por onde.
Informação complementar
Às segundas, quartas e sextas você encontrará um artigo novo sobre escrita criativa neste espaço.
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