Não precisa mais do que praticar sempre, dominar o assunto, ouvir opiniões, fazer comparações e evitar jargões.

Um amigo escritor me disse dias atrás quem eu indicava para que ele pudesse melhorar o seu texto e torná-lo mais atraente.

Esse é o desejo de 11 em cada dez escritores.

Ler é fundamental para chegar nessa condição. Monteiro Lobato já dizia que “Quem mal lê, mal ouve, mal fala e mal vê”.

Só que ler não é tudo.

Não basta ler de forma voraz para passar a ter um texto atraente e claro.

Ajuda, sem dúvida nenhuma, mas não é tudo.

Eu disse a esse amigo que ele deveria ler bons autores de modo geral. Não havia alguém específico para se basear e melhorar.

Os bons autores têm textos claros, objetivos e envolventes por si só. Mas o que faz os bons autores ainda melhores é a quantidade de obras que eles desenvolveram ao longo da vida.

Reside aqui um dos grandes segredos da boa escrita e do texto envolvente e interessante.

# 1- Escrever, escrever e escrever.

O autor não pode parar de escrever. Não pode deixar para amanhã. Tem de escrever hoje. E amanhã terá de escrever amanhã. Assim, nunca vai parar de escrever e a excelência chegará.

Claro que não é só isto.

# 2- Precisa dominar o assunto sobre o qual vai escrever e precisa se aprofundar mais nele.

O conhecimento permite uma escrita fácil, rápida e clara sempre. Quem não domina o assunto sobre o qual vai escrever passará o tempo todo enrolando. Isto cansa o leitor.

# 3- Outra dica fundamental: releia o que escreve. E releia não só hoje quando escreveu. Espere passar uma semana, um mês, um ano. Releia e veja se o texto escrito há mais tempo ainda o empolga, se ele ainda está conseguindo mexer com você. Se isto não ocorrer, ou você não está no mesmo momento do texto ou o texto não está bem escrito e não contém os elementos essenciais para gerar a emoção.

# 4- Também use do expediente de perguntar a um amigo se o que escreveu está bom.

Outro lendo tem outra opinião.

# 5- Mais uma dica: use a comparação para tornar as suas ideias mais claras. Tem um pastor que faz muito sucesso na internet, Cláudio Duarte, que usa muito desse regrinha.

Ele pega uma passagem da bíblia e coloca as pessoas no lugar dos personagens.

Depois diz, seu marido, minha senhora, faria o que José fez? José aceitou que a mulher dele, Maria, tivesse um filho de outro homem. Jesus era filho de Deus, concebido pelo Espírito Santo. Que homem tem essa magnitude?

A comparação que ele usou tornou clara a mensagem da bíblia de que José era um ser diferente de todos os outros e por isso se tornou santo. Afinal, as senhoras a quem ele se dirigiu, sabiam bem quem eram seus maridos.

Esse recurso da comparação ajuda muito.

# 6- Mais uma dica: não use termos ou frases que são jargão da sua profissão de escritor ou da profissão de quem quer que você esteja trazendo para o texto.

Por quê?

Porque as pessoas não sabem os jargões se não são da mesma profissão.

Os jargões são herméticos demais.

# 7- Outra dica é quanto aos parágrafos.

Use palavras, frases e parágrafos curtos.

Isto ajuda demais o entendimento, porque facilita a conclusão do ponto de vista.

Um parágrafo não precisa de mais que quatro a cinco sentenças. Afinal, com esse número é possível colocar um ponto de vista completo.

Se não der, divida o parágrafo.

As palavras e frases curtas produzem naturalmente parágrafos mais curtos.

Dessa forma, o texto fica mais leve e visualmente na tela ou na página do livro ele aparece também mais leve.

Um detalhe que talvez você não tenha prestado atenção, mas palavras, frases e parágrafos curtos são mais dramáticos.

Sim, o autor consegue passar mais emoção.

# 8- O uso de citações ou frases que ficaram famosas com outros escritores é um recurso que confere credibilidade e associação positiva para o seu texto. Citar grandes autores ou pessoas que disseram algo importante, torna o seu texto mais palatável para leitor que já conheça a citação ou frase do outro autor.

# 9- Escrever em primeira pessoa ou na terceira, que é mais comum? Essa pergunta é muito frequente entre escritores novatos.

De fato, faz muita diferença.

É claro que é possível obter credibilidade, confiança e empatia para a sua história das duas maneiras, mas as histórias contadas em primeira pessoa geram empatia mais rapidamente.

A escolha vai depender do tipo de história que você vá contar. Nem todas as histórias se encaixam na primeira pessoa ou, se encaixam, não ficam bem pelo tipo de narração.

Por exemplo, se vai descrever um crime ou uma ação negativa, se ela estiver na boca do narrador em terceira pessoa, mesmo que tenha sido vivida pelo autor, passará mais facilmente.

# 10- A última dica é evite palavras complexas ou que já deixaram de ser usadas ou ainda as que têm pouco uso. Elas só tornam o texto mais rebuscado e afastam o leitor. Escreva simples, use a emoção e seja direto.

É a melhor maneira de conquistar.

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