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Como criar bons nomes de personagens de livro
Data de Publicação: 29 de março de 2021 20:36:00 PAPO COM O ESCRITOR - Escolha define sucesso da história no imaginário popular, porque é a identificação de heróis e vilões que é lembrada.
Escolha certa pode ser determinante para uma história ficar na memória do leitor e garantir o sucesso do herói ou vilão.
A escolha de nomes de personagens de livro é uma tarefa tão importante para o autor quanto a escolha de nomes para os filhos é para os pais.
O nome é uma marca.
Em um romance, os nomes nunca são escolhidos por acaso ou sem uma justificativa.
Essa é a primeira lição a levar em conta.
Portanto, escolha conforme a sua história pede.
Não use nomes fracos quando o personagem vai ser um herói que vai salvar todo mundo de uma catástrofe, por exemplo.
E não use nomes fortes em personagens que serão vítimas ao longo da história.
Essa escolha é crucial, afinal o nome do personagem é o que ficará gravado na memória do leitor e isto será a sua garantia como autor para ter a sua história divulgada.
Para fazer boas escolhas, leve em conta algumas situações, como gênero da sua história, origem e estrutura familiar do personagem e fundamentalmente se ele é protagonista ou antagonista, que são os principais.
Em relação ao gênero da sua história, considere que livros de terror pedem nomes assustadores, livros de fantasia já exigem nomes mais doces, livros de aventura nomes mais audaciosos e imponentes.
No que se refere à origem e à estrutura familiar que o seu personagem terá, veja, por exemplo, se ele é de uma família brasileira, italiana, americana, francesa ou até se ele é de uma família de outro planeta.
Isto importa muito.
Nomes comuns aqui não o são em outros lugares, embora os brasileiros importem muitos nomes por conta de filmes, séries, livros e o próprio esporte que conhecem de lá de fora.
Veja ainda se o seu personagem é o filho mais velho, o encrenqueiro, o humorista, o preferido ou desprezado, pois tudo isto conta.
Mais um detalhe importante na hora da escolha do nome é a idade do personagem e o tempo em que a sua história se passa.
Fique atento ao fato de que há nomes que são moda em uma época e em outra não.
Outros nomes caem em desuso por causa de acontecimentos específicos da história.
Mas, de todos esses critérios para a escolha dos nomes, um é mais significativo: se o seu personagem é o protagonista ou o antagonista da história, já que um é o mocinho e o outro o vilão.
Não dá para ter nome de mocinho que não seja fácil de lembrar. Nem de vilão, mas o vilão precisa ter um pouco de alguma coisa a mais que gere raiva ou preconceito, por exemplo.
Os heróis e os vilões sempre têm nomes fáceis.
Existem alguns macetes para isso.
Um deles é o uso de morfemas, como Lima Barreto fez em “O triste fim de Policarpo Quaresma”, já que Poli significa muito e Carpo sofrimento ou dor. Por sua vez, Quaresma tem relação com o período religioso de penitências.
Isto deu autenticidade ao personagem, que era um sofredor e que pagava suas penitências.
Vale também jogo de palavras e trocadilhos.
Na Marvel, de onde surgiu a maioria dos heróis que ficaram na história, os nomes dos eram criados com base na aliteração, ou seja, a repetição de fonemas idênticos ou parecidos no início de várias palavras na mesma frase, como Peter Parker, Bruce Banner e Reed Richards.
Independentemente de qualquer fórmula, foque sempre em nomes que tenham a ver com a sua história e com o seu público, mesmo que a escolha não seja o nome que você sonhou.
A empatia do nome é mais relevante que a sua satisfação pessoal como autor neste caso.
Pense nisso.
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