Coloque em prática estes conselhos básicos e verá que rapidamente sua história fluirá e se consolidará como uma publicação.

Não são poucas as pessoas que desejam escrever um livro e que se deparam com a famosa falta de inspiração.

Essa situação é mais comum do que se imagina, mas ela é também fácil de resolver.

O que o escritor tem de fazer é usar técnicas que ajudam a abrir a caixa da sua criatividade e da sua inspiração definitivamente.

Vou passar abaixo cinco dicas matadoras para que você fique craque e tire de letra a falta de inspiração de hoje para amanhã.

Tente colocá-las em prática o mais rapidamente possível para obter os resultados.

Na verdade, chegar a uma boa inspiração depende mais da sua atitude do que de qualquer elemento externo.

# 1 – Leia, veja tevê, vá ao cinema.

A melhor forma de se inspirar para escrever é vendo o que outros já fizeram. Preste atenção na forma como cada obra foi concebida. Como o autor teve aquela sacada. Do que se está falando em cada meio de divulgação artística.

A ideia é que você consiga absorver o conteúdo não como leitor e espectador apenas, mas como autor. Veja os defeitos, por exemplo. Normalmente, as pessoas assistem e discutem a história, se ela era empolgante, convincente ou ainda se tinha uma pegada do momento.

Ninguém fica pensando em como foi construída determinada cena, se se buscou um ator que tivesse mais a ver com aquele papel ou se foi uma sorte ter sido aquele outro ator. Essas observações permitem que o escritor entre na pele de quem fez e consiga ver no todo os aspectos singulares que a maioria não vê.

Por exemplo, no filme “O garoto da casa ao lado”, de 2015, que ainda está na Netflix, mostra uma construção com picos de cenas mais intensas a cada 15 ou 20 minutos de trama. Independentemente da qualidade do filme, o que se analisa aqui é a condução do texto e ele tem esses picos que intensificam a audiência e fazem escapar da monotonia.

Observar aspectos assim ajudam o escritor a ver como conduzir melhor a sua trama. A de repente inserir algo semelhante para mudar a intensidade de como contar.

# 2 - Recrie a história.

Essa é uma dica valiosa. Aproveite-se da criação de outros escritores. Veja como eles trabalharam determinado assunto que te interessa. Capte a história por trás da obra.

Toda produção tem uma razão de ser, um objetivo e um executor. Se coloque no lugar do autor e veja que solução você daria.

Um bom exercício é pegar um conto ou uma crônica e inventar um novo final ou um novo começo terminando ou começando como está no original e verificar o resultado.

Essas reescritas te darão condições para trabalhar o seu texto com mais facilidade.

Escrever exige que o escritor refaça, releia e insista muito até chegar a algo bom.

# 3 – Escrever é provocar emoções.

Então não economize nesse quesito.

O escritor trabalha com a palavra. Veja o sentido de cada uma e busque significados novos. Tente colocar um detalhamento capaz de envolver o leitor com emoções que são comuns. Evite descrever apenas.

Por exemplo, vai falar de uma batida de carro e quer torná-la emocionante? Pegue aquele detalhe que você viveria se estivesse na batida em si. Tipo: uma dor profunda na perna que ficou presa nas ferragens.

Diga que é uma dor tão forte que chega a formigar, que tem a impressão de que perderá a perna, que tentou movê-la e não conseguia.

Enfim, quanto mais imagens você passar ao leitor, mais ele se identificará com o texto.

É aí que reside a emoção.

# 4 – Use um bloquinho de anotações.

Usar um bloquinho de anotações ou o próprio celular para registrar imediatamente qualquer ideia que tenha ajuda muito. Frequentemente passam pela nossa cabeça ideias que achamos interessantes, mas que, se não anotadas, se perdem no cotidiano agitado que temos.

Não deixe que isto aconteça.

Um escritor que conheci comprou um bloquinho a prova d’água para registrar ideias que surgem durante o banho. Parece estranho, mas não é. Surgem ideias a todo momento e em qualquer lugar, mas elas precisam ser registradas para depois serem trabalhadas e aproveitadas de uma forma melhor.

Um político com quem trabalhei sempre tinha ideias tomando banho. Ele devia gastar muita água no banho, mas era de lá que tirava decisões importantes que tomava no dia.

Estes são apenas exemplos.

De qualquer forma, não perca de vista que toda ideia deve ser guardada primeiro e analisada depois. Não bloqueie nem classifique nada antes de guardar.

# 5 – Experimente a sua história.

Escritores de stand-up costumam fazer muito isto. É que a escrita de uma história para rir precisa realmente provocar o riso.

Então o que os escritores desse tipo de texto fazem é testar o que escrevem com familiares, amigos e pessoas próximas.

Se funcionar com eles, ou seja, se eles rirem, fatalmente os outros também o farão.

A ideia da experiência vale para todo tipo de história. Afinal, tudo o que escrevemos é para ser apresentado a alguém.

Para fazer esse teste, crie uma sinopse mental e a apresente a familiares, amigos e pessoas próximas e peça para que sejam sinceras sobre a ideia do texto.

Essa avaliação o ajudará a corrigir eventuais falhas e a dar uma mudada naquilo que não funcionou tão bem ou não ficou tão claro.

Absorva o retorno das pessoas e procure incorporar aquilo que vem para somar.

São essas as dicas matadoras que queria passar hoje e que podem ser implantadas já.

Não espere mais tempo para colocar fim na falta de inspiração e para entrar definitivamente no mercado.

Escrever é uma constante que deve estar nas veias do escritor diuturnamente.

Do contrário, nunca se ficará bom.

É aprender, colocar em prática, testar, corrigir e encontrar caminhos.

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