Cinco dicas para criar personagens fortes

4 de agosto de 2021

Cinco dicas para criar personagens fortes

Data de Publicação: 4 de agosto de 2021 23:03:00 Para ter uma história envolvente, você precisa criar protagonistas, antagonistas e coadjuvantes muito bem definidos e com perfis característicos.

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O herói, o anti-herói e todos aqueles que os ajudam é que fazem a história acontecer e ser envolvente.

 

 

História boa sem personagens fortes não existe, afinal são eles que fazem a história.

Tudo que acontece em uma crônica, conto ou romance parte do que acontece com o personagem central da trama.

Por isto, é necessário criar personagens fortes para ter histórias envolventes.

Esses personagens não são só os protagonistas, mas também os antagonistas e coadjuvantes, aqueles que participam da trama ajudando o mocinho ou a mocinha a desvendar as teias que envolvem a busca do seu destino na história ou que ajudam os vilões nas maldades.

Protagonistas, antagonistas e coadjuvantes podem fazer toda a diferença no desenvolvimento das cenas.

Portanto, levando isso em conta, separei cinco dicas matadoras para que você, que está iniciando na arte da escrita criativa, possa criar um personagem bem cativante.

Se você já tem experiência, revise aqui.

Confira:

#  1 - Descreva a origem.

Sim, a origem do seu personagem faz toda a diferença. De onde ele veio? Com quem e como vivia? Por que saiu de lá? Defina o ambiente em que ele se encontra presente hoje.  Por que está nesse local? Depois, foque nas suas características principais de maneira detalhada. Entenda como características principais o que o define: é um homem ou mulher que acredita em Deus? É uma pessoa séria ou bagunceira? É alguém em que se pode confiar? E por aí vai.

# 2 – Personalidade.

Trabalhe a personalidade marcante do seu personagem. Ainda em cima daqueles traços das características principais, descreva que tipo de pessoa é. Trata-se de alguém taciturno como Bentinho, em Dom Casmurro, de Machado de Assis? Ou é alguém alegre e expansivo? Alguém que alterna comportamentos bons e maus? Enfim, é preciso ter essa definição clara. É isto que vira a marca da história muitas vezes, como no caso de Dom Casmurro. Além disso, é esse o fator que diferencia o seu personagem principal dos demais personagens.

# 3 – Nome.

Pense muito bem no nome ideal para o seu personagem. Isto é como dar nome a um filho. Às vezes até um apelido serve mais ao propósito, como, aliás, é comum termos na infância. Por vezes, o apelido nos acompanha para a vida, como Capitu no romance de Machado de Assis. Você só precisa inseri-lo no contexto. Lembre-se: um personagem pobre tem um tipo de nome, um rico outro. Se um personagem vai nascer rico e ficar pobre ou vice-versa também deve ter um nome que transite bem nos dois cenários. De preferência, busque algo que possa fazer sentido no decorrer da história. Nomes bem escolhidos tornam os personagens tão conhecidos quanto a história.

# 4 – Propósito.

Defina o objetivo e o foco do seu personagem. O que de fato o move? Onde ele quer chegar? O que ele objetiva para a sua vida? Um personagem sempre está em algum lugar e quer ir para outro. São raras as situações em que o personagem não sabe de nada e acaba surpreendido com o que acontecerá com ele. Além disso, defina o que o impede de chegar ao seu destino. No caso de Dom Casmurro, Bentinho conhece Capitu quando ele tinha 15 anos e ela 14. Apaixonam-se, mas a mãe dele o manda para o seminário porque o quer padre. Lá, ele conhece e fica amigo do personagem Escobar, que viria a ser o seu algoz na história. É preciso ter claras as situações que vão envolver o seu personagem principal e os coadjuvantes.

# 5 – Fraquezas.

Trabalhe os defeitos, medos e fraquezas do personagem. É um ser humano. Então tem fraquezas. Elas precisam ser conhecidas do público para que o leitor possa torcer por ele na hora que ele precisar. Também ninguém é forte o tempo inteiro e todos necessitam demonstrar emoções ruins uma hora ou outra. Até mesmo os super-heróis. Na história ainda de Dom Casmurro, Bentinho tem uma fraqueza capital para o romance: ele não pode ter filhos. Na verdade, não se sabe se ele ou Capitu, mas nos tempos do romance, o século 19, não se tinha exames para se descobrir essas coisas com precisão como hoje. A fraqueza dele é o que dá o grande charme da história. Sem poder ter filhos, Bentinho e Capitu vivem tentando. Escobar se casa com Sancha e tem um filho. Finalmente Capitu fica grávida e o filho recebe o nome de Ezequiel, primeiro nome de Escobar. É uma homenagem por serem amigos. Tudo se complica quando Escobar morre afogado. O filho de Capitu começa a apresentar sinais de ser muito parecido com Escobar. Então fica a dúvida: Capitu traiu Bentinho ou não? Veja que é a partir de uma fraqueza que tudo se desenrola e você pode criar uma história assim.

Anotou tudo? Agora não tem erro.

 

 

Informação complementar

Às quartas-feiras você encontrará uma dica nova sobre escrita criativa neste espaço.

Imagem da Galeria A força de um personagem está na forma como ele encara os seus desafios
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