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Bons líderes garantem moral da equipe
Data de Publicação: 5 de junho de 2021 00:10:00 ENERGIA - Essa é a função primordial de quem comanda um grupo, pois sem entusiasmo não se faz nada nessa vida, nem com boas intenções.
O grupo de colaboradores está sempre sintonizado em quem o comanda e por isso a responsabilidade pelo entusiasmo é maior.
É inegável que equipes motivadas produzem mais e melhor. Líderes inteligentes devem aproveitar-se disso para criar motivação.
O entusiasmo nasce de quatro pilares:
1- Definição de objetivos claros, exequíveis e legítimos para toda a equipe.
2- Fornecimento das condições e dos equipamentos de trabalho adequados.
3- Confiança mútua calcada em escolhas responsáveis para cada posto.
4- Manutenção do moral elevado.
As duas primeiras são aplicáveis desde o início do trabalho e são específicas.
Mas as duas últimas exigem mais atenção, pois são conquistas que dependem fundamentalmente da reciprocidade entre liderança e equipe e que precisam ser conquistadas todos os dias no curso da ação.
Duas armas, se bem dosadas e aplicadas na hora certa, podem fazer a diferença na gestão dessas duas últimas: o elogio e a crítica.
O elogio levanta o moral, mas não pode ser feito aleatoriamente, pois tende a perder o crédito se assim o for.
A crítica derruba o moral, mas também não pode ser indiscriminada e tampouco pública.
Se utilizada dessa forma, ela massacra a equipe e mata a capacidade de reação.
Portanto, o caminho melhor é mesclar as duas e utilizá-las com parcimônia.
Em meu período de gestor da Comunicação da Prefeitura de Sorocaba, entre 2017 e 2019, trabalhei muito essa dinâmica e consegui bom entrosamento e eficiência da minha equipe.
Mas teve um episódio em que tudo foi colocado à prova pelo então prefeito.
Na oportunidade, realizávamos um evento no anfiteatro do Centro de Educação para divulgar um pacote de mudanças que seriam feitas na rede municipal de saúde.
Eu tinha escalado a minha cerimonialista para fazer as apresentações e o prefeito me disse que não queria manifestações abertas.
Quem quisesse fazer perguntas deveria apresentá-las por escrito. O modelo seguia corretamente, apesar de ter sido criticado por membros do Conselho Municipal de Saúde.
Eles achavam que o modelo estava inflexível e aí começaram a fazer perguntas em voz alta. Como não tinham o microfone, ficou um vozerio perturbador e que irritava o prefeito.
Minha cerimonialista, muito educada, acabou dando o microfone para um dos membros do conselho para que fizesse a sua queixa.
Ele disse que não tinha tido a sua pergunta respondida completamente e pediu que se retomasse a questão.
Isto bastou para que o prefeito se enfurecesse e mandasse que eu passasse a apresentar.
Tive de ir para que as coisas se amainassem, mas a atitude do prefeito derrubou o moral da minha equipe e levou a cerimonialista a pedir demissão ali mesmo, além de uma repercussão muito negativa junto à imprensa.
Pedi a ela e ao restante da equipe que aguentassem firmes e que depois conversaríamos sobre as providências.
Fui duro com a condução do evento a partir dali e consegui segurar a fúria do prefeito e dos membros do Conselho Municipal.
Depois do evento tive uma conversa também dura com o prefeito sobre a forma como agiu.
Disse dos danos causados ao moral da minha equipe, da demissão da cerimonialista e da repercussão negativa junto à imprensa.
Ele reagiu melhor.
Assumiu que exagerara e elogiou a minha condução no meio da crise instaurada.
Eu disse a ele que falaria com minha equipe e que precisava dele para segurar a cerimonialista, que era competente e importante para o meu grupo.
O prefeito concordou.
Em seguida, reuni a minha equipe e fiz uma série de elogios ao trabalho realizado, mesclando com as críticas feitas pelo prefeito.
Afirmei que o prefeito havia pedido uma condução mais dura e que não fizemos isso até que ele explodisse e fizesse a troca da cerimonialista por mim. Ressaltei que precisamos seguir as orientações, ainda que não concordemos com elas para que o projeto não se perca no meio do caminho.
Todos entenderam, mas não concordaram com a forma como o prefeito agiu.
Eu também não.
Para que passássemos por aquilo, fui até o prefeito e cobrei a sua ajuda.
O prefeito conversou com a cerimonialista e se desculpou. Pediu que ela continuasse, o que eu já tinha feito. E fez elogios ao trabalho dela.
Ela aceitou.
Ao saberem da atitude, os membros da minha equipe voltaram a se entusiasmar.
O moral voltou a ficar elevado.
De qualquer forma, aprendi com a aquela experiência. A partir dali antes de cada evento, passamos a considerar os possíveis erros e desvios da direção esperada.
Com base nisso, adotamos providências emergenciais reparadoras e não tivemos mais problemas como o daquele dia.
Informação complementar
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