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Autorretrato
Data de Publicação: 4 de novembro de 2020 19:05:00 SEM ESPELHO - O jeito como me vejo não é diferente de como me veem, a não ser por enxergar mais defeitos em um rascunho que não fica pronto.
SEM TEMPO? ENTÃO VEJA O RESUMO
Como nos vemos reflete um pouco de como somos. A tendência é sempre julgarmos mais, mas também é a de perdoarmos mais. Somos o que podemos ser para nós e para todos. Somos conquistas e aprendizados.
Nesta minha longa, longa vida,
com tanto tempo já passado,
vivi menos do que queria,
desejei mais do que podia,
mas não sou hoje derrotado.
Rio em paz das minhas mazelas
e fiz rir muito comigo também.
Se as coisas não estão boas,
o melhor é atrair as pessoas.
Elas têm o poder de erguer alguém.
Sempre foi assim na minha vida.
Aguardo das coisas o tempo de vigorar.
Por isso, atraso demais em tudo,
pensava até que era mudo,
quando criança, por demorar a falar.
Talvez tenha errado no sonho.
Nunca deixei de idealizar o destino.
Mas o destino é boi bravo na arena.
O controle dura vida tão pequena
que o tombo nos faz menino.
Perdi amores da adolescência.
Levava tanto tempo parado no ar,
encantado como beija-flor
com a beleza fina do amor,
que as flores desistiam de me beijar.
O meu tempo é diferente de tudo.
Fui criança logo que deveria ser grande,
adulto quando velho já poderia ser
e hoje, estou velho, quando teria de morrer.
Mas não morro: meu ser se expande.
O coração faz o meu caminho.
Mesmo assim, não creia que sou nada,
nem pense que sou tudo.
Às vezes barulho, em outras, mudo,
eu sou um pouco de cada.
FIQUE SABENDO
Toda quarta-feira tem uma poesia nova neste espaço.
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