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Aniversário sem presente
Data de Publicação: 12 de junho de 2021 19:33:00 Salto completa 323 anos de fundação na quarta-feira (16), mas ainda não foi contemplada pelos dirigentes do município com efetividade.
Salto passou seis meses sem grandes realizações e sem cumprir compromissos, mas gestores são bem-intencionados.
A exemplo do que acontece com muita gente hoje em dia em razão da pandemia provocada pelo coronavírus, Salto faz 323 anos na próxima quarta-feira (16) sem presente. Os cidadãos ainda não viram a nova administração colocar em prática os seus projetos e nem a dar os contornos daquilo que planejou para o mandato.
Por enquanto, o governo se ocupou em desfazer propostas que estavam em andamento e recomeçá-las do zero, sem justificar por que agiu dessa maneira e sem oferecer resultados melhores. A julgar pela entrevista do prefeito Laerte Sonsin (PL) a este jornal, nesta semana, as coisas vão continuar nesse mesmo ritmo.
O prefeito disse que está organizando e planejando a cidade para que ela cresça de forma constante e saudável, como se estivesse preparando a construção da capital do país. Nem Brasília, com toda a organização e planejamento que requereu quando da sua implantação, funcionou ou funciona a contento até hoje.
A frase do chefe do Executivo, de que a geração de hoje, no futuro, poderá se orgulhar de ter crescido em uma cidade organizada, segura, com qualidade de vida e opções para sua evolução como cidadão e indivíduo, que estejam trabalhando e se orgulhem do que vivem hoje, é uma ducha de água fria.
A vida é agora que acontece: não é no futuro. É claro que se tem de planejar o futuro, se preparar para ele, mas de nada adianta se hoje não se viver. De nada adianta se hoje perdemos oportunidades. Não dá para estacionar a cidade como um carro em uma oficina para fazer todos os reparos necessários.
Não bastassem todas as urgências que os cidadãos têm, como a água, que falta dia sim e outro também, não se pode perder o que já funciona. A zona azul, por exemplo, estava atuando a contento. Fazia a sua principal função de estacionamento rotativo. Hoje não há vagas no centro. E o dinheiro dos créditos? Sumiu.
O hospital continua com atendimento deficiente e a nova gestora, contratada emergencialmente com valores acima de um contrato tradicional, não disse a que veio. Saúde é crucial neste momento e não se tira o pé da mesa se o equilíbrio é fundamental para a permanência do que se faz em cima da mesa.
Na esteira dos estudos, a administração acumula dívida milionária com o transporte público e paralisa o setor de venda de imóveis, gerando mais incertezas ao cidadão. Nem mesmo a proposta de ter um secretariado extremamente técnico foi à frente. Mas há boa vontade nos gestores e por isso ainda é possível mudar.
Não para este aniversário.
Informação complementar
Este artigo foi publicado também na seção Opinião do jornal Taperá, de Salto, de 12/06/2021.
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