Adesão ao Pix ainda está longe do esperado

22 de dezembro de 2020

Adesão ao Pix ainda está longe do esperado

Data de Publicação: 22 de dezembro de 2020 21:38:00 Serviço oferecido por meio do Banco Central não anunciou ainda as taxas e outros encargos para as empresas e isto gera medo.

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Falta de informações sobre custos é o principal entrave para empresas adotarem o serviço oferecido pelo Banco Central. Mercado espera definições para o início do próximo ano e empresários são cautelosos.

 

 

Os empresários não foram com a mesma sede ao pote que as pessoas físicas no que se refere à adesão ao Pix. A principal razão para essa resistência está na falta de informação. Com medo das taxas e de problemas de segurança, as empresas esperam. Nem mesmo os bancos, os mais interessados na adesão, trabalham a comunicação adequadamente. Dos cinco maiores, apenas Bradesco e Itaú informaram as taxas que pretendem cobrar.

De acordo com o diretor do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, as pessoas físicas são os maiores usuários do sistema, com 84% dos pagamentos confirmados até agora e 44% de todo o valor movimentado no sistema financeiro da entidade, mas ele entende que os empresários demoram mais por serem mais cautelosos com suas transações financeiras, devido ao valor que movimentam principalmente e aos compromissos que têm.

Dos cinco maiores bancos, Bradesco e Itaú vão cobrar respectivamente 1,40% e 1,45% de taxas para uso do Pix pelas empresas, mas ainda vão conceder um período promocional de isenção. Já entre as seis maiores adquirentes, só o Mercado Pago e o PagSeguro anunciaram o valor do custo para uso por meio da maquininha: respectivamente 0,99% e 1,89%. A maioria das instituições deu de três a seis meses de isenção.

Por enquanto ainda são poucos os pequenos e médios empresários que já ofereceram o método de pagamento a seus clientes ou que se adaptaram para usar o sistema. A cautela é a recomendação da maioria das entidades que representam essas empresas. Eles esperam que o governo, por meio do Banco Central, que é o gestor do serviço, e os bancos, que são a parte mais interessada, façam mais divulgações sobre o funcionamento.

O mercado também espera a entrada do novo ano para buscar definições sobre valores a serem praticados. João Manoel Pinho de Mello afirma que, embora a situação atual não seja a ideal, há indicadores bons, como o índice de rejeição, que foi de apenas 0,5% neste primeiro mês de atividade do Pix. Para as transferências por TED e o DOC, esse índice vai de 4% a 5%. O serviço também não tem passado por instabilidades muito significativas.

Pesquisa do início de dezembro da Stone, empresa de tecnologia financeira que possui plataforma de soluções de venda e gestão, revela que 80% dos empresários ouvidos afirmaram saber o que é o Pix e 58,6% disseram estar prontos para receber e/ou realizar pagamentos pelo sistema. Antes do lançamento em novembro, 77% declararam que não estavam ou não sabiam se estavam prontos e 64% nem sabiam do que se tratava o Pix.

 

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Imagem da Galeria Pix foi lançado há um mês, mas ainda não conquistou empresários
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