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Acabe com o drama da tela em branco
Data de Publicação: 12 de janeiro de 2021 20:58:00 Quem escreve sempre está sujeito a enfrentar o bloqueio criativo, que é mais comum do que se imagina, mas tem solução.
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Que nem tudo que parece ruim, como não conseguir desenvolver uma história, é de fato ruim. Há escritores que driblam as dificuldades e fazem delas grandes sucessos, a exemplo de Ernest Hemingway.
Quem escreve sempre está sujeito a enfrentar o drama da tela em branco: você precisa escrever um artigo, um ensaio, um livro, e não sai nada de bom.
Calma, não é o fim do mundo.
Acontece em toda boa família ao menos uma vez.
Em alguns casos não é nem a falta de inspiração. É uma produção pobre, simples. Sabe aquelas frases que não se desenvolvem para virar uma história como deveriam?
O bloqueio criativo é mais normal do que se imagina e atinge a maioria das pessoas que escrevem.
Senão todos.
O problema varia de pessoa para pessoa. Alguns começam totalmente estagnados. Depois de muito forçar, acabam entrando no ritmo.
Outros fazem o movimento contrário. Começam no gás e acabam sem argumentos logo depois.
Também existem aqueles que vivem uma sensação de montanha russa: são criativos e de repente desanimam. Depois são criativos de novo e mais uma vez desanimam.
Mas lembre-se que se pode tirar experiências luminosas de situações difíceis como essa.
O famoso escritor americano Ernest Hemingway escreveu o seu último livro: “O velho e o mar”, um dos seus maiores sucessos, a partir de um bloqueio criativo.
A obra foi lançada em 1952, mas foi escrita em 1951 após ele ter experimentado um fracasso editorial com seu livro anterior: “Na outra margem, entre as árvores”.
O romance, publicado em 1950, depois de dez anos de silêncio de Hemingway, recebeu pedras da crítica. As análises colocaram o escritor em mais baixo astral do que ele já vivia. Naquela época, Hemingway foi considerado um escritor acabado e vencido pela bebida.
Mas ele não desistiu e nem se entregou aos problemas que o cercavam, sobretudo não se deixou vencer pelo bloqueio criativo e começou a escrever “O velho e o mar”.
O autor contou em entrevista que escreveu a primeira frase: “Ele era um velho que pescava sozinho em seu barco, Gulf Stream”, e depois disso não saía mais nada.
Mesmo assim, com persistência e com o contato que tinha com os pescadores de Cuba, onde vivia havia mais de dez anos, ele se pressionou e conseguiu dar sequência.
O livro se tornou o seu maior sucesso de crítica e de público. Ganhou o prêmio Pulitzer de Ficção em 1953 e o autor o Nobel de Literatura em 1954.
A coordenação do Nobel disse que laureava Hemingway devido ao seu domínio da arte da narrativa e pela influência que exerceu no estilo contemporâneo.
Essa breve história sobre o autor americano ilustra o quanto podemos mudar a nossa própria história e reescrever os pedaços que não foram felizes.
Outra coisa: às vezes aquelas frases simples podem ganhar um colorido se se explorar a poesia de algumas palavras como nesse trecho do livro de Hemingway:
“O peixe também é meu amigo - disse em voz alta. - Nunca vi ou ouvi falar de um peixe desse tamanho. Mas tenho de matá-lo. É bom saber que não tenho de tentar matar as estrelas. Imagine o que seria se um homem tivesse de tentar matar a lua todos os dias", pensou o velho. "A lua corre depressa. Mas imagine só se um homem tivesse de matar o sol. Nascemos com sorte”.
A saída para o bloqueio criativo é simples.
Cerque-se de cultura.
Veja exposições, leia livros, veja séries, programas de tevê e filmes e converse com pessoas cultas.
Fatalmente em algum desses caminhos você encontrará a inspiração necessária para dar andamento ao seu projeto.
Não basta só fazer essa imersão em cultura.
É preciso ficar focado na busca de inspiração.
Sempre existe algo que possa ajudar.
O mais importante é não se dar por vencido.
Não se deixe no sofá pensando no quanto é fraco para resolver esse problema. Isto não ajuda em nada. Ao contrário, contribui para piorar as coisas.
O segredo é sempre acreditar em você.
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