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Bayer paga R$ 6,9 mil a trainees negros
Data de Publicação: 19 de outubro de 2020 17:50:00 Iniciativa semelhante a do Magazine Luiza no Brasil ainda dispensa o inglês no primeiro momento como requisito básico.
SEM TEMPO? ENTÃO VEJA O RESUMO
Programa da multinacional alemã visa descobrir talentos negros para cargos de comando. Companhia aposta tanto no projeto que dispensou até o inglês como exigência básica inicial. Dez mil disputam.
A multinacional química e farmacêutica alemã Bayer vai pagar R$ 6,9 mil mais benefícios a trainees negros. O programa voltado especificamente para esse tipo de profissionais é idêntico ao do Magazine Luiza, que vários criticaram e gerou processo no Brasil. A intenção é descobrir talentos para cargos de comando.
O vice-presidente de Finanças da Bayer Crop Science para a América Latina, Maurício Rodrigues, também um negro, afirma que a companhia dispensou até o inglês, em um primeiro momento, para atrair mais candidatos, já que essa exigência é uma das que mais dificultam a participação nos processos seletivos.
Não quer dizer que o inglês ficou dispensável (Rodrigues mesmo usa o idioma e o espanhol em 70% das suas atividades diárias), mas se entende que o aprendizado da língua se treina, sobretudo depois que os talentos forem descobertos e estiverem consolidados dentro da corporação a partir do programa.
Os trainees vão ocupar funções inicialmente em cinco cidades onde a Bayer tem operações no Brasil: São Paulo (SP), Belford Roxo (RJ), Camaçari (BA), Petrolina (PE) e Uberlândia (MG) e vão ter direito ainda a assistência médica e odontológica, vale transporte, restaurante, previdência privada e seguro de vida.
Para se ter uma ideia da demanda reprimida existente nessa área, o número de inscritos no programa da Bayer já chegou a 10 mil e o número de vagas é de apenas 19. A tendência é que esse número aumente ainda mais, pois o programa abriu mantém as inscrições abertas em 18 de setembro até dia 21 de outubro.
Mais concorrido que vestibular para medicina e que muitas vagas de emprego no mercado tradicional em qualquer área de atuação sem dúvida nenhuma. O interesse pelo programa difere totalmente do interesse que qualquer programa de trainee tem gerado no mundo, mas não assusta os executivos.
Maurício Rodrigues diz que a Bayer está pronta para preparar esses profissionais em tempo recorde e com aplicações práticas imediatas. Segundo ele, a companhia identificou um desequilíbrio entre os funcionários negros de baixo escalão e os que exercem liderança e quer corrigir essa desigualdade rapidamente.
Ele entende que isto ocorre pela falta de referências negras em cargos de liderança nas companhias. É mais fácil um negro pensar em ser jogador de futebol do que um líder dentro de uma multinacional, já que há muitos negros de talento no esporte. Mas é preciso vê-los também como gerentes, presidentes e vices.
Para o vice-presidente de Finanças da Bayer Crop Science, as contratações que consideram a diversidade aumentam a competitividade criativa das companhias. Hoje a direção que se busca é a de empresas de inovação e de criatividade, porque o mercado mundial exige isto atualmente e para o futuro.
A iniciativa da multinacional é uma comprovação clara e objetiva de que o Magazine Luiza está certo ao instituir programa do tipo. Não se trata de preconceito nem de desrespeito aos negros, como afirmaram, mas de valorização e incentivo para que mais pessoas da raça ocupem cargos de comando e se tornem referências.
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