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Dúvidas assolam candidatos todo dia
Não perca de vista as mudanças da legislação eleitoral e também as alterações provocadas pela situação do momento.
SEM TEMPO? ENTÃO VEJA O RESUMO
Faltam apenas 48 dias para a eleição, mas o número de dúvidas não para de crescer. Como resolver? Se você é candidato a vereador ou a prefeito, procure esclarecê-las o quanto antes. O sucesso depende disso.
A campanha eleitoral só começou oficialmente neste domingo (27) e já faltam só 48 dias para o primeiro turno da eleição, a contar desta segunda-feira (28), mas a maioria dos candidatos, até mesmo os mais experientes, ainda está cheia de dúvidas.
Não é à toa: a campanha deste ano é atípica não só pela ocorrência da pandemia, que adiou até a data do pleito, mas pelas mudanças na legislação eleitoral e pela situação política pela qual o país está atravessando, sobretudo pela postura frente à doença.
As dúvidas vão de A a Z e pouca gente sabe como esclarecê-las. Uma dica de ouro para qualquer candidato hoje não esquecer é ler a legislação. Não só: imprima o que pode e o que não pode e afixe em uma lousa ou painel do escritório de campanha.
Vamos falar de algumas delas aqui para ajudar quem está desesperado. Uma das dúvidas mais comuns se refere à pandemia. Devo gravar vídeos e tirar fotos com ou sem máscara? É que o eleitor está de olho em quem respeita e em quem não a regra.
De fato, essa questão é importante. O que vale em primeiro lugar é se preservar da contaminação. Então use sempre máscara. Mas há situações em que é melhor tirar. Por exemplo, vai gravar um vídeo para a rede social, grave sem a máscara.
Mas não esqueça de se prevenir com o distanciamento e a higienização sanitária. Além disso, informe ao eleitor que tomou todas as medidas. O eleitor não quer que o seu candidato fique doente e também não quer ficar por ter contato com ele.
Fotos de máscara são boas para mostrar a sua adesão à campanha de saúde pública, mas não deve ser a totalidade. Faça fotos sem também para mostrar o seu rosto ao eleitor. Novamente avise que tomou todas as medidas para se preservar do vírus.
Outra dúvida cruel é como usar as redes sociais. Devo falar sobre política o tempo todo? Devo bater no prefeito, no meu adversário direto? Se sou prefeito, devo falar mal do meu concorrente principal? A resposta para todas essas perguntas é não.
Redes sociais são ambientes para entretenimento e relacionamento. Claro que cabe falar de política, mas o assunto não deve dominar as suas redes e tampouco as críticas e os julgamentos aos seus adversários devem ser a expressão maior.
Candidatos a vereador ou a prefeito precisam construir uma narrativa. Ou seja, contar uma história daquilo que se quer passar. E uma história possui introdução, desenvolvimento e conclusão. Por isso, deixe esse trabalho para geradores de conteúdo.
Outra coisa importante sobre redes sociais são as respostas que você dá. Falar fora do tom, de forma grosseira ou não responder o que foi perguntado só desagrega. Lembre-se também que adversários usarão fakes para desestabilizá-lo. Portanto: cautela.
Evite ainda publicar conteúdos que não são adequados ao público que o segue ou que chocam de alguma maneira. A escolha dos temas é tão importante quanto a forma como divulgá-los. Publique o que interessa ao eleitor e não a você apenas.
Redes sociais podem não fazer um candidato ganhar a eleição, mas definitivamente podem fazê-lo perder. Use em abundância o que mais agrada ao internauta em quaisquer épocas. Falo de fotos e vídeos e textos curtos. Não precisa publicar toda hora também.
Uma dica muito importante para esse início de caminhada na campanha e que se refere tanto às redes sociais quanto ao seu discurso para o eleitor é a sua reputação. O candidato precisa criar uma reputação. É isto que vai permitir a produção da narrativa.
O que é criar uma reputação? É ser especialista em determinado assunto. Se você tem muitos temas para discutir ou é generalista demais, o eleitor não vai guardar o seu nome e número. Você precisa definir áreas e se aprofundar nelas para poder falar.
Só para se ter uma ideia: candidatos a prefeito devem ter no máximo cinco temas para explorar como especialidade. Candidatos a vereador dois no máximo. Isto fará com que você seja lembrado e o eleitor possa defendê-lo a quem não o conhece.
É claro que o candidato a prefeito não terá apenas cinco propostas, mas deve ter cinco principais. Vou construir um ginásio de esportes, um hospital, um monumento à padroeira, criar um distrito industrial e reformar a rodoviária. São os carros-chefes.
O candidato a vereador também não ficará só nos dois temas. Mas enfatizará dois. Os demais vão ser apresentados conforme o público com quem falar. Apesar disso, todo mundo deve conhecê-lo por defender moradia e transporte gratuito, por exemplo.
Também é fundamental ter uma organização de divulgação. Você pode enviar mensagens em listas de transmissão pelo whatsapp, mas defina antes essas listas com nome, data e tipo de conteúdo. Não mande aleatoriamente, pois será esforço perdido.
Forme grupos, os apoiadores do bairro, do trabalho, do futebol ou da academia, enfim cada segmento tem a sua importância e o seu interesse. Isto no caso do candidato a vereador, mas vale para os candidatos a prefeito com outras segmentações.
Outras dicas necessárias neste momento são em relação ao discurso. O que você vai falar para o eleitor a fim de convencê-lo a lhe dar o seu voto? Faça uma sondagem antes para saber quais são as demandas do lugar. Chegue falando do que o eleitor quer.
Candidato nenhum convence ao falar sobre saúde quando o interesse do cidadão é pelo emprego. Também não adianta dizer que vai resolver tudo. Ninguém acredita mais em salvadores da pátria. Seja sincero, fale do que sabe e prometa o que é viável.
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De segunda a sexta-feira tem um artigo novo neste espaço sobre política, economia ou negócios.