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Caminhos para se eleger neste ano
Data de Publicação: 14 de setembro de 2020 09:00:00 Veja dicas sobre como agir nas redes sociais durante a campanha eleitoral deste ano para quem é ou não conhecido.
SEM TEMPO? ENTÃO VEJA O RESUMO
Com o fim das convenções, é hora de colocar a estratégia na rua. Veja como se articular nas redes sociais, que são a principal área de atuação hoje. A pandemia mudou tudo e vencerá quem compreender isto.
As convenções do final de semana praticamente encerraram os lançamentos de candidaturas que deverão estar à disposição dos eleitores neste ano em todas as cidades do país. O prazo para a realização de convenções vai ainda até a quarta-feira (16), mas os partidos dos candidatos com mais chances já fizeram as suas.
Os navegadores da antiguidade diriam: a sorte está lançada. Mas é bom frisar que não se trata de sorte não. Esta campanha será diferente das outras por conta da pandemia. O contato com o eleitor será muito mais pelas redes sociais do que diretamente. Não dá mais para acreditar apenas nas visitas presenciais.
Nesse quesito, vão sair com larga vantagem os candidatos que já estão em cargos públicos ou que já são conhecidos por suas atividades, por suas lutas ou por suas posições políticas. É a chamada reputação. O voto se baseia nisso sempre. E a reputação hoje já não é mais aquela que se engolia facilmente no passado.
Quem não se lembra de uma frase que se dizia sobre alguns candidatos do tipo: rouba, mas faz? Hoje a preocupação com o dinheiro público é muito maior. Candidatos com essa reputação não têm a mesma chance. Não é o caso daqueles que viraram piada e que ganharam o voto de protesto, mas há cerco a eles também.
Qualquer candidato que se preze precisa ter uma reputação para ser apresentada ao eleitor e, quando se fala de redes sociais, essa preocupação precisa ir além. Afinal, o eleitor não estará na frente do candidato e não poderá contar com outras informações. É nessa hora que entra a importância do profissional de apoio.
Os candidatos precisam entender que a época na qual chamavam um assessor e diziam o que queriam comunicar e essa pessoa escrevia um texto, mandava para a imprensa e a imprensa, se achava interessante, publicava o que veio ou mandava um repórter para entrevistar o candidato, já não existe mais.
Hoje, a criação do conteúdo precisa ser feita pelo profissional de apoio antes do envio ao veículo. Os jornais, as rádios, as tevês e os canais digitais não produzem conteúdo para candidatos. Afora isso, há muitos meios para a divulgação, onde esse conteúdo gerado pelo candidato pode ser aproveitado melhor que nos veículos.
Por isso, os candidatos devem contratar geradores de conteúdo ou eles próprios devem produzi-lo. Quando se fala de conteúdo político, é importante frisar que ele varia conforme o canal e tem formato específico. Conteúdo político deve construir uma narrativa que mostre ao eleitor a reputação do candidato.
As redes sociais são procuradas essencialmente para entretenimento e relacionamento. Então, se o candidato publicar uma foto com o seu cachorrinho de estimação, o texto precisa mostrar que gosta de animais ou que ele defende a causa. A plasticidade da foto precisa ser envolvente para cativar.
Se publica uma foto da família, a narrativa que se deve trabalhar no texto é a defesa dos valores familiares, sempre tomando o cuidado para não passar imagem desconectada da realidade atual. Por exemplo, o candidato precisa falar à família antiga e a dos tempos atuais, que é formada até por integrantes do mesmo sexo.
Todo ato de comunicação conta para a construção de uma reputação. Tem candidato que quer ter curtidas. Isto é um erro. Se você vê um filme ou lê um livro com cenas desnecessárias ou repetidas, o que acontece? Você enjoa e quer se afastar. Tudo tem de ser pensado em sintonia com o objetivo maior da eleição.
O conteúdo deve ser relevante para o eleitor. Se o candidato já tem mandato e busca a reeleição, falar da sua agenda não acrescenta nada. Mas falar de uma emenda que conseguiu, mostrando de onde veio a ideia, ouvindo personagens beneficiados, a história da luta, isso conta. É o jeito de mostrar.
Tão importante quanto o que vai publicar são as respostas aos comentários. As respostas mostram que o candidato está atento ao eleitor e promovem a interação. Devem ser respondidos os comentários positivos e os negativos. Quem elogia deve ser agradecido assim como quem critica deve ter explicações.
A construção de uma reputação deve também respeitar os canais. Produzir um vídeo de dez minutos para o facebook não funciona. Essa rede suporta 2 ou 3 minutos no máximo. Já no tik tok são 15 segundos. Mas o youtube abriga fácil até 20 minutos. Se a equipe é pequena produza um grande e fatie pelas redes.
É preciso entender que os conteúdos vão impactar públicos diferentes. A equação é: conteúdo x canais, dividido por público e tempo. Não se constrói reputação da noite para o dia. O processo de elaboração da imagem, consolidação e exposição exige tempo além das ferramentas certas. Isto favorece quem já é conhecido.
Quem nunca foi candidato tinha de ter começado com um ano de antecedência. Se não fez, como o tempo de campanha é curto, deve valer-se de influenciadores já conhecidos e donos de reputações por tema, como o defensor da causa animal. Para ter esses apoios, terá de gastar bem mais, mas pode prosperar.
Portanto, agora que acabou a pré-campanha, é hora de colocar as estratégias na rua. Se o candidato é conhecido, deve mostrar uma narrativa que evidencie a sua reputação. Se não é, deve investir em geração de conteúdo a partir de quem pode convencer o eleitor da sua reputação. A hora de contratar é agora.
Tem muita gente que se dá bem na sua atividade profissional e acha que por isso vai se eleger. Um excelente professor não quer dizer que será um excelente prefeito ou vereador. Ele precisa mostrar que entende de administração pública, que tem empatia com os problemas do eleitor, que é capaz e sabe como fazer.
FIQUE SABENDO
De segunda a sexta-feira tem um artigo novo neste espaço sobre política, economia ou negócios.
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